O Golpe de Estado de 2016, planejado pelo imperialismo americano e a direita nativa, revelou que existem diversos outros golpistas e abutres na política brasileira. Se junta agora ao imperialismo americano e à direita golpista grande parte da esquerda pequeno-burguesa abutre dos votos de Lula e do poder eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT).
Desde 2016 o país vive um golpe continuado não só contra um dos maiores líderes políticos do globo, que é Lula, e ao maior partido de esquerda da América Latina, que é o PT, mas contra todos os brasileiros que viram a direita, sob a fraqueza e omissão da esquerda-abutre, pôr fim à previdência pública e aos direitos trabalhistas, entregar a Petrobras, o aumento da inflação, do desemprego e da fome.
Em vez de essa esquerda pequeno-burguesa, eleitoreira -PSOL, PC do B, PCB -, unir forças em torno do Partido dos Trabalhadores, sob o seu próprio programa, para derrotar o golpe, agora sinaliza que abandonará o PT por diversas desculpas esfarrapadas (hegemonismo, Alckmin, “programa”, etc.).
Embora todos os partidos tenham direito de lançar seus próprios candidatos e honrar seus programas políticos, o atual contexto político de golpe de estado no País não cabe essa separação, pois é preciso derrotar o golpe em vigor e o partido e líder que têm mais forças para essa difícil batalha é o PT e Lula.
Entra em jogo agora uma articulação para abandonar a candidatura de Lula, que é líder isolado em todas as pesquisas, apesar dos erros e manipulações delas, e favorecer a união da direita em torno de Bolsonaro, que ainda tem uma forte base social.
Segundo Rui Costa Pimenta, em mais uma análise apurada na última reunião do Comitê Central Nacional do PCO, está se desenhando uma candidatura do PT com apoio da classe operária e de uma parte da classe média progressista contra o golpismo da direita e de parte da esquerda.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB), para não fazer aliança com o PT, fez uma exigência absurda de 5 governos estaduais para entrar na federação partidária. Mesmo com o PT ajudando diversos partidos a superar a antidemocrática cláusula de barreira – contra a qual todos deveriam mesmo era estar protestando e não se adequando a ela – o PSOL e PC do B sinalizam que não se aliarão ao PT. O PCB e a UP já estão estudando seus próprios candidatos presidenciais.
Enfim, desenha-se um abandono dessa esquerda oportunista da candidatura de Lula. Com essa atitude golpista, nefasta, esses partidos dão uma clara declaração de oportunismo eleitoreiro, de estarem fazendo o jogo da direita imperialista contra o PT e continuarão à deriva da verdadeira compreensão do que de fato está acontecendo no Brasil do Golpe de Estado. Nenhum desses partidos tem votos para derrotar o golpe com Bolsonaro e a direita. Eles estarão a reboque dos golpistas. A hegemonia do PT não prejudica os partidos de esquerda, mas querer acabar com ela diante desse momento de golpe é capitular diante dos verdadeiros inimigos.
A candidatura de Lula, com apoio irrestrito do Partido da Causa Operária (PCO), único que já declarou voto no ex-presidente independentemente do vice ou do programa, caminha para ser uma candidatura antissistema, anti-imperialista, realmente de esquerda.
O apoio a Lula e uma grande mobilização popular poderão fortalecê-lo para vencer as eleições, a despeito de todas as traições, e com o mesmo apoio popular pressioná-lo a romper com todos os golpistas e de fato fazer um governo mais progressista e popular do que foram os anteriores.
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