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Palestina

Sétima vala comum é encontrada na Faixa de Gaza

Vala foi encontrada no Hospital Al-Shifa, onde já havia outras duas. Paralelamente, "Israel" intensifica ataques contra Rafá, cidade onde há 1,5 milhão de refugiados palestinos

No dia 8 de maio, foi descoberta uma terceira vala comum na região onde costumava ser o Hospital de Al-Shifa, fato que elevou o número de valas comuns para sete, no total. A vala comum, encontrada por um grupo do Comitê de Emergência do Ministério da Saúde em Gaza, é a terceira encontrada no Complexo Médico de Al-Shifa. No total, até agora foram encontradas uma no Hospital Kamal Adwan, três no Complexo Médico de Al-Shifa e três no Complexo Médico Nasser.

O grupo, parte do Comitê de Emergência, já registrou mais de 520 mártires sepultados em todas essas valas comuns, relatando que nessa terceira vala encontraram os vestígios mortais daqueles que foram assassinados por “Israel” quando o Estado terrorista destruiu a recepção do hospital, sabendo que ali havia médicos, crianças, mulheres e homens buscando refúgio, já feridos, tentando fugir do conflito. 

O primeiro contato do grupo com essa terceira vala trouxe à tona notícias de que foram encontrados corpos sem cabeça, severamente mutilados, conforme relata Rami Adbu, do Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos.

Em resposta, o governo de Gaza comunicou publicamente o total de valas encontradas e a quantidade de palestinos martirizados pelo genocídio sionista, estendendo a responsabilização da tragédia aos Estados Unidos da América e toda a comunidade internacional, que, segundo o governo de Gaza, está vendo o que está acontecendo de braços cruzados.

Os corpos encontrados estavam dentro de sacos azuis, com inscrições em hebraico, fechados a zíper, e alguns reduzidos a cinzas. Será aberto um inquérito para investigar quais armas “Israel” utilizou no massacre. Segundo os especialistas, muitos dos corpos descobertos apresentavam “sinais de tortura e execuções sumárias e possíveis casos de pessoas enterradas vivas”.

O Gabinete da Coordenação da Ajuda, da ONU, declarou após o Ministério da Saúde de Gaza informar que a estimativa é de que 10.000 pessoas ainda estejam debaixo de escombros, que “com as atuais ferramentas primitivas disponíveis pode levar até três anos para recuperar os corpos”, e que a elevação da temperatura deve acelerar a decomposição dos corpos, o que pode resultar em doenças entre a população palestina.

Em meio à descoberta dos inúmeros cadáveres espalhados por Gaza e negociações frustradas por “Israel”, a entidade terrorista mantém seus ataques à população civil. Em especial, a população de Rafá. Mas, diferente do que é afirmado pela imprensa sionista sobre os avanços e a tomada da região, evidências indicam que “Israel” estaria atacando a região, mas sob seu controle haveria apenas uma pequena região no sul de Gaza.

O Hamas, Movimento de Resistência Islâmica, informou aos mediadores da última sessão de negociações que se deu no Cairo, Egito, com a participação do diretor da CIA e outras entidades que representam tanto o imperialismo quanto os países explorados, que havia concordado com a proposta de troca de prisioneiros apresentada, e de um cessar-fogo promissor para a reconstrução de Gaza. A resistência armada tem hoje cerca de 120 reféns, enquanto “Israel” tem muito mais que mil reféns.

Ao passo em que o Hamas aceitou a paz temporária, “Israel” rejeitou, e iniciou a preparação da invasão que pretende lançar contra Rafá. 

Em Rafá, estão isolados 1,7 milhões de palestinos. Para termos dimensão, a região abrigava 70 mil pessoas antes. Além de não ter abrigo para as pessoas, também há uma extrema escassez de água e comida, tendo em vista que “Israel” não permite a entrada de ajuda humanitária em Rafá e que danificaram mais da metade, 53% das 603 instalações de água em Gaza foram destruídas ou danificadas. Antes disso, o abastecimento de água na região já era escasso, dependendo principalmente de poços e estações de dessalinização.

Com uma concentração demográfica tão alta, as mortes decorrentes dos ataques e bombardeios de “Israel” se potencializam exponencialmente. E está em curso um avanço por terra e por ar, com bombardeio intenso na região sendo relatado e atualizado pelos correspondentes que conseguem obter informações sobre a região.

Na manhã do dia 9, colonos fascistas incendiaram um escritório da ONU em Jerusalém Oriental, que prestava suporte ao povo palestino, e bloquearam as saídas de Rafá, impossibilitando qualquer evacuação do povo palestino, ao passo em que ordenam a evacuação e anunciam o início dos ataques aéreos. 

Mediante a situação, Joe Biden, que apoiou “Israel” até o momento, seguindo a política do imperialismo de apoiar a entidade sionista, declarou que retardará o envio de armas para “Israel”, e que desaprova a invasão de Rafá. 

A Anistia Internacional emitiu um comunicado, solicitando que todos os países que estão enviando armas para “Israel” parem imediatamente, prevendo o que poderá ser um dos maiores crimes já cometidos contra a humanidade.

Já são mais de 34 mil palestinos mortos, e mais de 78 mil feridos. Não é possível mensurar quantos estão soterrados por escombros, pois as Forças de Ocupação “Israelense” impedem civis de auxiliar feridos e soterrados. 

Em resposta a tudo isso, “Israel” declarou que continuará a guerra por conta própria se for necessário, afirmando ter todas as armas que precisa para lançar sua ofensiva contra Gaza. “Se precisarmos ficar sozinhos, ficaremos sozinhos. Se necessário, lutaremos com nossas unhas”, disse Netaniahu em um comunicado em vídeo. “Mas temos muito mais do que unhas, e com essa força de espírito, com a ajuda de Deus, juntos seremos vitoriosos.”

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