Nesta quinta-feira, 9 de maio, a partir das 00h00, a Argentina parou por 24h para protestar contra os seguidos ataques da política econômica do governo Javier Milei contra os trabalhadores argentinos. Essa foi a segunda paralisação. Bancos, escolas, transportes, aeroportos e dezenas de serviços públicos em geral não funcionaram.
A paralisação nacional foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), com apoio de vários sindicatos. Segundo Héctor Daer, secretário geral da Associação dos Trabalhadores do Estado, a mobilização “é quase total”, com 97% da categoria parada.
Segundo Daer, “Nós, trabalhadores do Estado, estamos parando por conta das demissões e da redução de salários, entre outras questões”.
“Vamos fazer uma greve de 24 horas pelos reajustes dos pensionistas e reformados. Não se pode ajustar sobre os setores mais vulneráveis, queremos resolver as questões salariais”, afirmou.
Diversas categorias aderiram e alguns serviços estão parados: o Sindicato dos Bondes Automotivos (UTA); o sindicato La Fraternidad, que reúne maquinistas; os metrôs da Cidade de Buenos Aires; a Associação Sindical dos Metroviários e Pré-metrôs; a Associação dos Pilotos de Linha Aérea; o La Bancaria, sindicato de bancários; a Federação Argentina dos Empregados do Comércio e Serviços; Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da República Argentina; Sindicato dos Metalúrgicos; Federação das Associações de Trabalhadores da Saúde Argentinas; Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hotelaria e Gastronomia da República Argentina; Sindicato de Trabalhadores Rurais e Estivadores; Federação Nacional dos Caminhoneiros; Federação Argentina dos Trabalhadores da Luz; Federação dos Trabalhadores da Indústria Alimentar e da Energia e a Confederação dos Trabalhadores na Educação.
A primeira paralisação ocorrera em 24 de janeiro e durou apenas doze horas. O governo Milei já avisou que irá retaliar os funcionários públicos descontando no salário. Para Manuel Adorni, porta-voz da Presidência, a medida “não tem justificativa aparente”. O governo ameaça também transferir os custos da paralisação para os organizadores, um ataque frontal aos trabalhadores.
Em coletiva na imprensa, Adorni afirmou que “As organizações que participarem da marcha deverão arcar com as despesas que a situação causar”.
O presidente da Argentina, que planejara esses ataques já no período eleitoral, vem impondo um severo ajuste fiscal, com demissões em massa, que tira o coro da classe trabalhadora e entrega o país ao capital especulativo internacional, que é totalmente parasita.
O governo Milei é antinacional, neoliberal, capacho do imperialismo americano e está disposto a acabar com a economia argentina dolarizando sua economia, privatizando seus serviços públicos essenciais, diminuindo salários do funcionalismo público, demitindo em massa os trabalhadores e atacando os sindicatos, que nessa mobilização já se mostraram bastante apáticos diante da gravidade dos ataques desse governo fascista que é o de Milei.
Lei de destruição neoliberal de Milei é aprovada no Congresso