Técnico italiano

Se o Ancelotti é tão bom, por que não é campeão pela Itália?

Dentro de campo, sem a ajuda da arbitragem, a seleção italiana é profundamente fracassada

Carlo Ancelotti, atual técnico do Real Madrid, é apontado como provável novo técnico da Seleção Brasileira por alguns jornalistas, em especial pela ESPN. Não há nada confirmado oficialmente ainda; no entanto, se isso vier a se tornar real, será uma grande derrota para o futebol brasileiro e um grande ataque do imperialismo contra o esporte mais popular do país.

Além de seu significado político, há também um significado técnico muito negativo na escolha de Ancelloti para comandar a Seleção. Afinal, ele nunca treinou uma equipe sul-americana, nem mesmo esteve a frente de outra seleção anteriormente; e, como se não bastasse esse vale-tudo para impor o jeito europeu de jogar futebol na Seleção, vale lembrar que a Itália esteve fora das últimas duas copas e se provou como uma nulidade esportiva desde 2006, quando ganhou sua última.

O leitor pode se perguntar: mas e Ancelotti com isso? Oras, é o país dele. Por que ele não treina a própria seleção? Ele não teria interesse em vê-la melhorar sua condição? Além de que treinar uma seleção com jogadores habilidosos, como é o caso da brasileira, é consideravelmente mais simples que treinar uma seleção de pés-de-rato como a seleção italiana. Por que Ancelotti nunca encarou o desafio?

Aliás, vale a pena recordar sobre os títulos que a “poderosa” seleção da Itália ganhou, que demonstram como sempre foi fraca historicamente e sempre dependeu do favorecimento da FIFA. 

A Copa do Mundo de 1934, disputada na Itália sob a batuta de Mussolini e ganha por ela própria, foi um presente dado pelos capitalistas ao regime fascista. Tratou-se de uma copa vencida não pelos méritos esportivos, mas para servir ao aparato de propaganda da extrema-direita, que estava ao gosto de toda burguesia internacional naquele período.

Em 1938, à esteira da Segunda Guerra Mundial, a Itália ganhou sua segunda Copa do Mundo. Essas duas copas foram um presente sem igual da FIFA ao regime fascista, que era badalado por seu caráter profundamente anticomunista: eis a “habilidade” dos italianos com a bola no pé.

Em 2006, última Copa vencida pelos italianos – e também a última vez em que eles disputaram algo nela –, o nível técnico foi tão inferior, que quem foi eleito como o melhor jogador foi o zagueiro Cannavaro.

Há menos de um mês do torneio, ainda, havia estourado uma denúncia de corrupção e de compra de árbitros dentro do futebol italiano; até mesmo o técnico da seleção, Marcello Lippi, estava envolvido. Ele foi mantido no cargo e conseguiu conquistar a muito suspeita copa.

Para as copas de 2018 e de 2022, a Itália sequer se classificou para o torneio, tamanha a crise pela qual passa a Seleção. Em 2014, foi eliminada na fase de grupos para duas seleções americanas: Uruguais e Costa Rica.

Ou seja, todas as vitórias da Itália na Copa do Mundo foram frutos de ajuda de arbitragem, de favorecimento político por ter um governo de extrema-direita ou como resultado de um baixíssimo nível técnico da competição em geral. É o técnico desse país, que leva adiante esse estilo de jogo, que o imperialismo quer que seja colocado à frente da melhor seleção do mundo, pentacampeã e que, ao contrário da Itália, teve de enfrentar todo tipo de percalços para conseguir obter seus títulos. Trata-se de uma profunda desmoralização da Seleção e de uma tentativa de rebaixar o futebol brasileiro para aprofundar a opressão contra o povo oprimido.

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