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Imperialismo

Abutres do petróleo por trás do ambientalismo ongueiro

Por trás da demagogia ambientalista, há a política imperialista de barrar a industrialização e o desenvolvimento econômico do Brasil. Marina Silva é a ponta de lança dessa política

Desde que Lula assumiu pela terceira vez a presidência da República, seu governo vem sendo constantemente acossado pela burguesia (brasileira e imperialista), que busca impedi-lo de realizar o programa de governo pelo qual ele foi eleito, ou seja, um programa de desenvolvimento nacional que atenda aos interesses dos trabalhadores brasileiros.

O antagonismo da burguesia contra o governo não se limita apenas a ataques diretos e de caráter explícito. Pelo contrário, muito dos ataques vêm se realizando por meio da sabotagem do governo. A política sabotadora é realizada tanto por elementos externos (Congresso) quanto por elementos internos, vide ministros direitistas (Simone Tebet, Carlos Fávaro) e pseudo-esquerdistas (Flávio Dino, Silvio Ameida, Marina Silva).

O IBAMA (autarquia vinculada ao ministério), sob controle da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vetou pedido feito pela Petrobrás para que fosse concedida licença para estudo de viabilidade para exploração de petróleo na foz do Amazonas, na margem equatorial.

Segundo a decisão do IBAMA (decisão esta defendida por Marina Silva), a licença não foi concedida, pois poderia trazer riscos ao meio ambiente, em especial à floresta Amazônica.

No G7, o presidente Lula questionou o absurdo da decisão, pois a área que seria perfurada para verificar a viabilidade da exploração de petróleo está localizada a mais de 500 km da floresta.

Logo após o veto do IBAMA à Petrobrás, o deputado federal pelo Amapá, Randolfe Rodrigues anunciou sua desfiliação da REDE, o mesmo partido de Marina Silva, expondo a crise. Outros políticos do estado do Amapá também se opuseram contra a decisão da Ministra do Meio Ambiente. Afinal, a eventual exploração de petróleo na foz do Amazonas, em uma região tida como o “novo pré-sal” (tendo em vista seu gigantesco potencial energético e econômico), traria enormes benefícios à população local e ao restante do país.

Em suma, a decisão de Marina Silva e do IBAMA em negar a licença à Petrobrás serviu a um único propósito – constituir mais um obstáculo ao desenvolvimento econômico e à industrialização do Brasil. E isto foi feito, novamente, sob a justificativa da proteção ao meio ambiente.

Sendo assim, de início, duas perguntas devem ser feitas – a quem interessa barrar o desenvolvimento econômico e a industrialização do Brasil (um país de capitalismo atrasado)? E quem é o principal impulsionador da política de proteção do meio ambiente?

Para ambas as perguntas, a resposta é a mesma – o imperialismo.

Ao imperialismo interessa barrar o desenvolvimento econômico e a industrialização de um país de capitalismo atrasado como o Brasil. Por que razão? Pois, o imperialismo por definição é o capitalismo em sua forma monopolista, que, para manter seu monopólio, atua em simbiose através de um grupo restrito de Estados nacionais imperialistas. Brasil não faz parte desse grupo. Assim, toda sua tentativa de se desenvolver economicamente, mesmo em um sentido capitalista, representa uma ameaça ao domínio do monopólio imperialista.

Portanto, o imperialismo não pode aceitar que o Brasil tenha uma política de industrialização. As petroleiras do imperialismo não podem aceitar que a Petrobrás explore as gigantes reservas brasileiras e elas fiquem a ver navios.

E então chegamos à resposta da segunda pergunta. É também o imperialismo o principal impulsionador da política ambientalista. E por que impulsiona essa política? Justamente para barrar o desenvolvimento dos países de capitalismo atrasados.

Afinal, para qualquer desenvolvimento econômico, no atual estágio de evolução das forças produtivas, é necessário, em menor ou maior medida, certo grau de poluição ou degradação ambiental. Isto é inevitável.

Até mesmo as fontes mais limpas de energia geram certo tipo de “danos ambientais” (para se construir hidrelétricas é necessário derrubar florestas). Nem mesmo os países desenvolvidos conseguem cumprir aquilo que eles exigem dos países que oprimem. Tanto é assim que, ao sancionar a Rússia, a Europa gerou para si uma profunda crise energética, obrigando os países da União Europeia a recorrerem ao carvão para aquecer a própria população durante o inverso. Assim jogaram na lata do lixo o discurso ambiental.

Assim, o que esteve por trás dos acontecimentos da última semana, ou seja, por trás da negativa de Marina Silva e do IBAMA à Petrobrás, foi o imperialismo.

Em específico, foram as grandes petroleiras imperialistas, as quais possuem grande interesse no território brasileiro.

Devemos lembrar que o golpe de Estado de 2016 teve importante participação delas. José Serra, um dos políticos envolvidos na ofensiva contra Dilma, reuniu-se com representantes desses monopólios do petróleo na embaixada dos EUA em Brasília, na mesma época. As mesmas petroleiras, por sua vez, financiavam grupos golpistas como o Movimento Brasil Livre (MBL). O financiamento era feito pelos irmãos Koch, através da Atlas Foundation, algo já extensivamente documentado.

Não é de se estranhar, afinal, estima-se que aqui estejam localizadas as maiores reservas de petróleo do mundo. Esta é uma estimativa perfeitamente razoável. Em primeiro lugar, basta ter em mente que a Venezuela, país que faz fronteira conosco, possui, oficialmente, as maiores reservas de petróleo do mundo, atualmente.

Em segundo lugar, recentemente foi divulgada notícia de que a Guiana, País próximo à região do novo pré-sal brasileiro pode atingir produção de 1,2 milhão de barris/dia e PIB deve crescer 37% em 2023. Por causa disto, é a economia que mais cresce no mundo.

E quem está explorando o petróleo lá? Petroleiras imperialistas (ExxonMobil, e os parceiros do consórcio Hess e CNOOC).

Fica a questão, se elas podem explorar, porque não pode haver a exploração no Brasil por parte da Petrobrás? O imperialismo não permite. Grandes monopólios do petróleo como a ExxonMobil, a Chevron e a Equinor impõem barreiras. Junto a magnatas do capital financeiro, como George Soros, utilizam-se de organizações e fundações (com a Open Society Foundations, do próprio Soros) para financiar ONGs, think thanks e políticos, os quais servem para criar obstáculos a governos nacionalistas e seus programas de desenvolvimento nacional.

E por que o imperialismo não permite que a Petrobrás explore o petróleo nacional? Pois, desejam essa riqueza natural só para eles.

Caso o governo brasileiro comande a exploração do petróleo, o desenvolvimento econômico resultante dela servirá para consolidar as bases populares do governo. Por conseguinte, será possível ao governo impulsionar mais ainda sua política nacionalista, frustrando os interesses do imperialismo em saquear nossa nação e escravizar nosso povo.

Por estas razões, os ambientalistas ongueiros, financiados pela OSF, Global Americans, NED, CIA (em suma, pelo imperialismo) impedem que o governo realize pesquisas que possam levar à exploração de petróleo pela Petrobrás.

Utilizando-se dos ambientalistas para colocar esses obstáculos, o imperialismo busca desgastar o governo perante o povo. Como? Ora, a exploração do petróleo promoveria um grande desenvolvimento econômico ao país. Contudo, sem essa exploração, a situação do governo continua periclitante, pois não consegue promover uma resolução para a situação econômica imediata do povo brasileiro, que vive na penúria.

A cada dia que passa, a penúria aumenta, e o povo vai perdendo a paciência com o governo. Embora Lula tente ao máximo aliviar a situação com várias medidas governamentais (por exemplo, o fim do PPI), elas não são suficientes sem colocar em prática um real desenvolvimento econômico. E o imperialismo sabe disto, por isto trabalha com o desgaste, opondo esses obstáculos através dos ambientalistas ongueiros, dos quais Marina Silva é a principal representante.

Assim, é fundamental que Lula rompa imediatamente com a política ambientalista imposta pelo imperialismo. Para fazer isto, deve expulsar Marina Silva do governo, além de todos os outros cavalos de troia que seguem sabotando sua política nacionalista. Deve, igualmente, dar início aos estudos de viabilidade da exploração de petróleo na foz do Amazonas e em toda Margem Equatorial, e iniciar a exploração quanto antes possível. Não deve, contudo, para por aí. Todas as privatizações feitas na Petrobrás no decorrer dos últimos anos devem ser revertidas, devendo ser realizada uma completa estatização da empresa.

O petróleo deve ser nacionalizado, e as organizações dos trabalhadores devem fazer uma ampla mobilização de massas em prol dessa campanha, enxotando o imperialismo e sua cínica e hipócrita política ambientalista do Brasil, junto de suas ONGs e todos os seus lacaios, inclusive Marina Silva.

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