É irônico e cínico que as embaixadas, que dizem simbolizar tradicionalmente a diplomacia e a paz, pronunciem-se a favor do massacre imperialista na Faixa de Gaza. Os governos assassinos dos EUA e do capacho Israel no Oriente Médio mataram mais de 100 pessoas só neste mês.
A abertura da Embaixada dos EUA em Jerusalém ocasionou um massacre da população palestina ontem e hoje, em que até mesmo crianças foram assassinadas, anunciando uma guerra mais ampla e sangrenta no Oriente Médio. Não apenas isso, mas no próprio aniversário de um dos episódios mais vergonhosos de limpeza e expropriação étnica no século passado, a Nakba de 1948, ou “a catástrofe”, quando mais de 700 mil palestinos foram obrigados a se refugiar, o governo dos EUA se alinha cada vez mais aos herdeiros daquela violência histórica, o governo israelense.
Mortos no massacre de ontem são enterrados
O abandono total de qualquer vergonha por parte de Trump ao endossar violações israelenses contra os direitos históricos árabes é uma incitação à guerra geral no território disputado e reivindicado por diversas partes. Devemos repudiar o horror das últimas ações do imperialismo, principalmente ao bombardear civis acusando-os de serem “terroristas”. Atiradores israelenses atirando contra manifestantes palestinos desarmados em Gaza, enquanto que a cerca de 100 quilômetros de distância, em Jerusalém, dignitários norte-americanos e pastores evangélicos estavam abençoando a abertura da nova embaixada de Washington como “obra de Deus”.
Nesse sentido, devemos ressaltar aqui uma declaração fascista dada por Avi Dichter, um membro sênior do Partido Likud, do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que fez o comentário a seguir ao falar com a TV Hadashot na tarde de ontem, segunda-feira (14):
“As FDI (Forças Israelenses de Defesa) têm balas suficientes para todos”, disse. “Acredito que, em última análise, os meios que as FDI prepararam, sejam eles não letais ou, se necessário, letais, nos casos em que isso é justificado pelos regulamentos de fogo aberto – há munição suficiente para todos”.
Enquanto isso, por conta do massacre, a ONU afirmou que Israel deve parar de usar “força desproporcional” contra os manifestantes.