Em mais uma clara demonstração de que o imperialismo está em franca ofensiva contra os povos oprimidos, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou publicamente que os Estados Unidos e “Israel” já tomaram a decisão de atacar o Irã. A declaração, feita durante um encontro com ativistas anti-guerra em Nova Iorque, é mais uma prova de que o imperialismo mundial, sob o comando direto do governo criminoso dos EUA, está preparando uma nova etapa de sua política de agressão militar e repressão global contra qualquer país que se recuse a se submeter aos seus ditames.
“Eles vão nos atacar. E nós vamos nos defender com firmeza.”
A afirmação do presidente iraniano escancara o verdadeiro caráter da política externa norte-americana: não se trata de diplomacia, tampouco de negociação, mas de imposição, chantagem e dominação armada — como sempre foi a prática dos grandes monopólios capitalistas que controlam a Casa Branca.
As palavras de Pezeshkian não são apenas uma previsão — são a constatação de uma realidade concreta: o imperialismo está acelerando sua campanha global de agressões. No Oriente Médio, na África, no Leste Europeu e agora com foco renovado na América Latina, os EUA vêm utilizando todos os meios — bloqueios econômicos, sabotagem interna, operações militares e guerra midiática — para tentar esmagar a resistência dos povos.
No caso do Irã, as negociações sobre o acordo nuclear foram, como bem resumiu Pezeshkian, uma farsa.
“Eles não queriam negociar. Queriam ditar condições, como se o Irã fosse uma colônia sem soberania.”
O presidente também recordou as palavras do líder supremo iraniano, Ali Khamenei:
“Negociar sob ameaça é se render. É aceitar a humilhação.”
Essa frase resume com precisão o que o imperialismo pretende fazer com qualquer nação que levante a cabeça: humilhá-la, desarmá-la e submetê-la por completo.
A Venezuela, uma das principais aliadas do Irã na luta contra o imperialismo, também se encontra sob ameaça direta. A recente movimentação de navios de guerra norte-americanos no Caribe, sob o pretexto de “combate ao narcotráfico”, é mais um capítulo da política intervencionista de Washington contra o governo de Nicolás Maduro — legítimo representante do povo venezuelano.
O Irã, como já fez em outras ocasiões, manifestou solidariedade irrestrita ao governo bolivariano. Representantes da diplomacia iraniana denunciaram as ameaças, apontando as semelhanças com a tática aplicada contra Teerã:
“Os EUA aplicam à Venezuela as mesmas armas usadas contra o Irã: sanções, sabotagem, guerra psicológica e ameaça militar.”
A tentativa de isolar Caracas, combinada com manobras militares na região, deixa clara a intenção de preparar uma intervenção direta ou fomentar um novo golpe de Estado, como tentado em 2019 com o fantoche imperialista Juan Guaidó.
A ofensiva imperialista não é isolada — é parte de uma política global de contenção das governos soberanos e independentes, numa tentativa desesperada dos monopólios capitalistas de preservar sua hegemonia em crise. Conscientes de suas contradições internas, os EUA e seus aliados buscam sufocar qualquer alternativa geopolítica fora de seu controle, seja por meios diplomáticos, financeiros ou militares.
Diante desse cenário, o Irã defende a ampliação da cooperação entre países oprimidos, incluindo América Latina, África e Ásia, com o objetivo de construir alianças políticas, econômicas e estratégicas fora do eixo ocidental. Trata-se de um esforço para ampliar a margem de soberania diante do cerco cada vez mais hostil imposto pelo imperialismo.





