Palestina

Ofensiva sobre Cidade de Gaza está fadada ao fracasso

Artigo publicado por imprensa libanesa analisa novo plano israelense

A emissora libanesa Al Mayadeen publicou nesta terça-feira (26) um artigo escrito pelo analista Robert Inlakesh sobre a situação da ocupação de “Israel” na Faixa de Gaza. O artigo, intitulado Here is why the Israeli occupation of Gaza won’t work (em português, “Por que a ocupação israelense em Gaza não funcionará”), argumenta que as mudanças nos planos de “Israel” em Gaza, apresentados como “definitivos”, fracassaram, levando a um questionamento da estratégia de ocupação.

Inlakesh fez um levantamento da estratégia da “guerra em sete frentes”, que anunciava novos planos que, de acordo com a posição de “Israel”, derrotariam o Hamas ou forçariam um acordo de cessar-fogo com essa pressão militar. No entanto, o analista destaca que “Israel” não tem uma intenção real de obter um cessar-fogo negociado, nem um plano para uma possível “vitória” em Gaza.

No início da invasão terrestre na Faixa de Gaza, no final de outubro de 2023, ele lembra que a campanha militar foi realizada na parte norte, com o objetivo de tomar o controle do Hospital al-Shifa, declarado por “Israel” ser um quartel do Hamas. Veículos da imprensa imperialista disseram, baseados em informes de inteligência, que havia um “módulo de comando” do Hamas naquele hospital, destacando que o exército israelense havia publicado imagens de câmeras de segurança mostrando uma rede de túneis debaixo do complexo.

Questionando a ação do exército de “Israel”, Inlakesh afirma que eles cometeram um massacre no complexo médico al-Shifa, constatando que as acusações eram mentiras, já que não existia nenhuma infraestrutura militar do Hamas naquela região. “Israel” e seus aliados ocidentais, incluindo a imprensa, ignoraram o ocorrido, iniciando outro plano de ação e continuando o genocídio em Gaza.

Sem conseguir uma vitória importante, muito menos uma derrota do Hamas, Robert Inlakesh afirma que a operação militar de ocupação declarou que o verdadeiro quartel-general da resistência palestina estaria em Khan Yunis. Em dezembro de 2024, novamente com o apoio dos aliados e da imprensa, o Estado de “Israel” lançou uma ofensiva sobre Khan Yunis, ocupando a região. O plano foi finalizado com o assalto ao Hospital Nasser, que também seria uma base do Hamas, atacando sistematicamente todos os hospitais próximos, capturando o corpo médico e os feridos e continuando a política de massacres.

Os líderes israelenses disseram que, sem ocupar Rafá, não poderiam “ganhar a guerra” por causa da existência dos túneis que ligam a Palestina ao Egito, apesar de estarem fechados há aproximadamente uma década, lembra Robert Inlakesh. Enquanto a operação militar de ocupação israelense continuava, a opinião pública israelense percebeu que estavam cada vez mais distantes de uma vitória — isto é, a “derrota total” do movimento de resistência palestina —, promessa feita pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu.

Inlakesh ainda condena a cumplicidade absoluta e incondicional da imprensa, destacando que a “linha vermelha” que o ex-presidente americano Joe Biden havia traçado para “Israel” com a ocupação de Rafá foi violada, de acordo com os telefonemas feitos entre os dois líderes à época, chegando a um nível de insultos. Ele também menciona que uma proposta de um “cessar-fogo natalino” e também do “cessar-fogo do Ramadã”, com o aval do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), nunca foi efetivada, classificando todo o suposto trabalho do governo americano para o fim das ações hostis como mera propaganda, já que nunca se realizaram.

O jornalista ainda acusou Joe Biden de nunca ter solicitado um cessar-fogo aos seus aliados israelenses, apesar da afirmação oficial de uma suposta “linha vermelha”. Os Estados Unidos colaboraram no plano de ocupação em Rafá. Cerca de 300 civis foram assassinados, além da destruição da infraestrutura, o que não afetou o Hamas.

Com o fracasso do auxílio militar americano, em outubro de 2024, foi lançado o “Plano Geral”, uma operação do governo israelense com o cerco visando matar de fome os combatentes restantes. Inlakesh afirma que, apesar do cerco militar, a entidade sionista não tem conseguido combater efetivamente a resistência palestina, refugiando-se em fortificações e veículos militares, sendo emboscada. Em 22 meses de operações militares, não há imagens dos supostos combates contra o Hamas. Robert Inlakesh declara que os soldados israelenses são covardes e, diferentemente do que ocorre na Cisjordânia com postos de controle, não existe um exército real, apenas uma força “policialesca” glorificada, criada para intimidar os jovens com uma estrutura de inteligência e uma força aérea de apoio.

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