Na última segunda-feira (19), o Aeroporto Internacional de Beirute–Rafic Hariri implementou uma diretiva que proíbe a entrada de cidadãos sírios em trânsito para a Síria, salvo se possuírem residência válida no exterior por mais de alguns meses, segundo o general de segurança Johnny Saisseh. Companhias aéreas foram instruídas a verificar os documentos, e os sem permissão serão deportados no mesmo voo. A medida acompanha a cobrança de uma taxa de US$ 11 para entrada por terra, iniciada na mesma data.
A decisão reflete o aumento das tensões na Síria desde a queda de Bashar al-Assad e a crise de refugiados sírios, com o Líbano hospedando 1,5 milhão de sírios, segundo a ONU. O governo libanês justificou a restrição como forma de controlar o fluxo migratório, mas grupos de direitos humanos, como a Human Rights Watch, criticaram: “essas medidas violam o princípio de não repulsão”. A política agrava a situação de sírios que fogem da situação de crise que vive o país vizinho desde a ascensão do governo mercenário do Estado Islâmico.
