América do Sul

Panamenhos mantêm greves e bloqueios contra ditadura de Mulino

Lei aprovada pelo governo de José Raúl Mulino reduz benefícios previdenciários, atacando as aposentadorias e empobrecendo a população trabalhadora

Sindicatos de operários e camponeses, índios, professores, estudantes e populares mantêm greves e bloqueios de rodovias no Panamá contra a Lei 462, que reforma a Caixa de Seguro Social e é criticada pelos trabalhadores. Iniciada em 23 de abril por sindicatos de docentes e apoiada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Similares (SUNTRACS) e Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Bananeira (SITRAIBANA), a paralisação atingiu sua 23ª jornada na última sexta-feira (16).

Aprovada pelo governo de José Raúl Mulino, a lei reduz benefícios previdenciários, gerando aposentadorias insuficientes. Eles também rejeitam a reativação da mineração a céu aberto em Donoso, fechada pela Suprema Corte, e um memorando com os EUA que prevê bases militares no país.

Mais de 480 vias foram bloqueadas, com 196 prisões até a última terça-feira (13), segundo a rede multi-estatal sul-americana Telesur. Em Veraguas e Bocas del Toro, índios bloqueiam a Via Interamericana, enfrentando repressão policial. Líder do SUNTRACS, Jaime Caballero foi preso na última quarta-feira (14) por “delito contra a ordem econômica”, seguido por Erasmo Cerrud, Irving Pinzon e Facundo Paz.

A Federación Latinoamericana de Trabajadores de la Construcción (FLEMACON) denunciou “a brutal arremetida do governo de Mulino contra o SUNTRACS” e exigiu “a imediata liberação dos trabalhadores detidos ilegalmente e o cessar das causas judiciais que buscam amedrentar e criminalizar a luta sindical”. O secretário da Associação de Educadores Veragüenses, Luis Arturo Sánchez, acusou o subcomissário Noel Armando Haynes de hostilizá-lo, afirmando: “o acuso pelo que possa ocorrer a mim ou à minha família”.

A cacica Ngäbe Buglé, Elena Cruz Guerra, declarou na última quinta-feira (15): “o governo de Panamá criminaliza a protesta”, reiterando apoio à revogação da Lei 462. A Defensoria do Povo investiga seis casos de violações de direitos humanos. As paralisações afetaram a indústria bananeira, com perdas de US$10 milhões para a Chiquita Panamá, segundo autoridades. O Panamá, pequeno e sob forte influência dos EUA, enfrenta crescente resistência popular.

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