Na última quinta-feira (15), o governo venezuelano reafirmou sua solidariedade à causa palestina, marcando os 77 anos da Nakba, a expulsão massiva de palestinos em 1948 que deu origem ao país artificial “Israel”. Em comunicado oficial, a Venezuela denunciou o “genocídio em curso” promovido pela ditadura sionista e seu líder, Benjamin Netaniahu, e expressou apoio à luta por uma Palestina “livre e soberana”.
O chanceler venezuelano Yván Gil divulgou o documento, no qual o governo bolivariano destaca que a Nakba é “uma ferida aberta que sangra com cada ato de agressão, com cada criança assassinada, com cada lar destruído, com cada vida palestina ceifada pela máquina de guerra, apartheid e ocupação do enclave imperialista”. O texto critica a “ambição colonial do sionismo”, que há 77 anos expulsou mais de 700 mil palestinos, hoje 5,7 milhões de refugiados, segundo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente.
“Sua causa é a nossa causa. Sua resistência heroica é uma fonte de inspiração para os povos livres do mundo. E seu legítimo anseio por justiça, paz e soberania é um grito que fazemos nosso, com a convicção de que, mais cedo ou mais tarde, a liberdade e a dignidade florescerão para sempre na terra sagrada da Palestina”, afirmou o comunicado, assinado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro. Gil reforçou: “Aquele crime histórico não cessou: suas consequências persistem, agravadas por um genocídio em curso.”
Iniciada em 15 de maio de 1948, a Nakba marcou a criação de “Israel” e a ocupação de territórios como a Cisjordânia, Gaza e os Altos do Golã, após a guerra árabe-israelense.
