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Política Internacional

Irã promete resposta de ‘quebrar os dentes’ a ‘Israel’ e aos EUA

Ali Khamenei falou em retaliação aos ataques israelenses de 26 de outubro

O líder supremo Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou neste último sábado (2/11) que “Israel” e EUA receberão uma resposta “devastadora” por suas atrocidades contra o país persa e as nações que compõem o Eixo da Resistência.

Na madrugada do dia 26 de outubro, “Israel” desencadeou um ataque aéreo ao território iraniano. As forças de ocupação sionistas afirmaram ter realizado um “ataque preciso“. Segundo agência de notícias Fars, várias bases militares nos arredores de Teerã foram alvejadas nessa investida.

O ataque foi supostamente uma retaliação à carga de mísseis balísticos disparada contra “Israel” no início do mês (1/10), sendo a primeira investida aberta do Estado sionista contra o Irã. A ação sionista ocorreu, segundo oficiais dos EUA e “Israel”, em três ondas, com a segunda e terceira concentradas em bases de lançamento de mísseis e instalações para produção de drones.

Segundo o exército iraniano, os alvos atingidos foram aproximadamente 20 bases militares nas províncias de Ilam, Khuzestan e Teerã. Ainda foi exposto que os ataques aéreos ocasionaram apenas “danos limitados”.

“Os inimigos, tanto os EUA quanto o regime sionista, devem saber que certamente receberão uma resposta devastadora pelo que estão fazendo contra o Irã e a frente de resistência”, disse Khamenei em uma reunião com estudantes na véspera da comemoração dos 45 anos da tomada da embaixada dos EUA, conhecida no Irã como o “Covil da Espionagem’, por estudantes iranianos em 4 de novembro de 1979, um dos episódios mais importantes da Revolução Iraniana. O 4 de novembro no Irã é uma data conhecida como Dia Nacional da Luta contra a Arrogância Global.

“Não se trata apenas de uma questão de vingança, mas de uma ação lógica — uma abordagem alinhada à religião, à ética e à Sharia, de acordo com as regulamentações internacionais”, explicou a liderança iraniana.

No evento, Khamanei também explanou sobre o significado do 4 de novembro:

“Para a nação iraniana, inspirada pelos ensinamentos islâmicos, se levantar contra a opressão é um dever. Confrontar a arrogância é um dever. Arrogância significa dominação econômica, militar e cultural abrangente e a humilhação das nações.”

Khamenei destacou também que a luta contra o imperialismo mundial, em especial o norte-americano, possuem já uma longa história, cujas origens são, ademais, anteriores aos episódios revolucionários de 1979:

“O esforço dos historiadores que distorcem os fatos é alegar que o conflito entre o Irã e os Estados Unidos começou em 4 de novembro de 1979. Isso é uma mentira. Os americanos entraram em choque com a nação iraniana desde o início da Revolução, mesmo anos antes, fazendo tudo o que podiam contra a nação iraniana.”

“O envolvimento e os esforços americanos no Irã foram extensos, mesmo antes de 19 de agosto de 1953”, disse ele, referindo-se ao golpe orquestrado pela CIA que derrubou o governo nacionalista e democraticamente eleito de Mosaddegh.

A declaração de Khamenei é mais um indicativo de que o Irã se prepara política e militarmente para golpear as forças do imperialismo-sionismo. 

Na última semana, autoridades iranianas afirmaram que discutem o aumento do alcance de seu arsenal balístico, aí incluído o armamento nuclear. “Se a República Islâmica do Irã enfrentar uma ameaça existencial, inevitavelmente mudaremos a política de nossa doutrina militar”, disse o chefe do Conselho Estratégico de Relações Exteriores do Irã, Kamal Kharrazi, à TV al-Mayadeen, do Líbano, na sexta-feira (1/11).

A imprensa imperialista já conjectura sobre o momento da retaliação iraniana. Segundo “fontes” da norte-americana CNN, uma resposta “definitiva e dolorosa” seria desfechada antes da eleição presidencial dos EUA.

A crise da dominação imperialista na região só aumenta. Enquanto o bloco imperialista, que sustenta integralmente o Estado de “Israel”, sofre as suas piores derrotas em muito tempo, as nações oprimidas, empurradas pela agressão do inimigo, se agrupam, se unificam e reforçam seus recursos políticos e militares. 

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