Valendo-se do identitarismo, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, criticou uma fala do presidente Lula durante evento. O presidente brasileiro, em uma reunião com o setor da indústria e em tom de brincadeira, disse:
“Hoje eu fiquei sabendo de uma notícia triste. Eu fiquei sabendo que tem pesquisa, [Fernando] Haddad [ministro da Fazenda], que mostra que depois de um jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu, mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente…”
O comentário foi o suficiente para uma campanha contra o presidente na imprensa capitalista, o tom identitário da campanha acusa Lula de “machismo”. Até mesmo a extrema direita partiu para o ataque contra Lula. Michelle Bolsonaro, por exemplo, criticou Lula como se fosse uma feminista identitária. Em uma de suas redes sociais, escreveu:
“Depois de ‘soltar a pérola’: ‘Quer bater em mulher, vá bater em outro lugar’; agora a persona non grata insinua que se o agressor de mulheres torcer para um certo time ‘está tudo bem’. Será que o filho aprendeu com o pai?…”
A extrema direita é um dos setores que mais atacam as mulheres e seus direitos, a própria ex-primeira-dama é uma das principais lideranças do movimento contra o aborto. Além do fato de que ela é esposa e ferrenha apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, um dos governos responsáveis por levar adiante os ataques feitos pelo golpe de Estado contra o povo.
Fica claro, portanto, que sua crítica ao presidente é completamente demagógica. Michelle Bolsonaro mostra se importar mais com palavras que com a destruição dos direitos e das condições de vida das trabalhadoras.