As restrições em relação ao aborto tem aumentado de forma paulatina nos últimos meses, devido ao avanço da extrema direita em todo o planeta. No estado norte-americano de Iowa, o aborto deixou de existir com nova lei proibindo a realização do procedimento após seis semanas (um mês e meio). Ocorre que é quase impossível a uma mulher descobrir a gravidez tão rápido.
Por enquanto, a lei abre duas exceções: uma em caso de estupro, desde que relatado no prazo de 45 dias, e de incestos, reportado em até 140 dias, o que é em si um absurdo, na medida em que estabelece um prazo para apresentar a denúncia.
O ataque ao aborto teve início em 2022, quando o Supremo Tribunal dos EUA revogou o direito federal ao procedimento, tornando a decisão uma exclusivamente dos estados.
Os estados norte-americanos estão sendo atacados com as leis anti-aborto impulsionadas pela extrema direita. São eles Utah, Ohio e Wyoming.
Nas últimas semanas o Brasil, que já tem uma legislação bem restrita ao aborto, enfrentou uma nova ofensiva da extrema direita nacional, que está no Congresso Nacional, se mobiliza para aprovar um projeto de Lei que restrige o aborto legal em 22 semanas (estupro e má formação do feto).
Diante da situação é preciso uma ampla mobilização pelo direito das mulheres a disporem do próprio corpo livremente. Fala-se muito em “empoderamento feminino”, porém as restrições contra os direitos das mulheres vem aumentando com o avanço das legislações anti-aborto.
A lei contra o aborto é uma agressão às mulheres e seus direitos mais elementares, de decidir sobre seu corpo. É preciso uma ampla mobilização em favor das mulheres trabalhadoras, pois são as mais atingidas.