na última segunda-feira (11/08), o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL Guilherme Boulos publicou em suas redes sociais um comentário sobre a situação do Líbano após uma grande explosão extremamente suspeita e a renúncia do primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab.
Boulos se equivocou mais uma vez e a renúncia foi do primeiro-ministro e não do presidente. “Quando ficou claro que muita gente morreu porque o governo não fez seu trabalho, o presidente renunciou. Isso foi no Líbano. Já aqui no Brasil…”, disse Boulos.
O comentário e a comparação de Guilherme Boulos não fazem nenhum sentido e revela a superficialidade e desconhecimento que o candidato pelo PSOL tem do que está ocorrendo no mundo e as posições semelhantes às do imperialismo que adota frente à situação.
Boulos se equivoca ao comparar o governo do Líbano com o governo Bolsonaro, pois o governo libanês é contrário aos interesses do imperialismo e apoia em outros países da região à luta contra a intervenção dos EUA e de países imperialistas europeus, visto que a composição do governo possui o apoio do grupo Hezbollah. Já o governo Bolsonaro se encontra em total acordo com os interesses do imperialismo norte-americano.
Outro ponto é que não ficou “claro” porque as explosões ocorreram. Não se sabe se houve sabotagem ou foi apenas um acidente. Fazer esse tipo de afirmação somente serve aos interesses da imprensa golpista e do próprio governo brasileiros que trataram de acusar o governo libanês que se opõe aos interesses dos EUA. Ignora completamente os interesses do imperialismo na região, interesses políticos na desestabilização do Líbano e o caráter das manifestações contra o governo.
Não é por acaso que a imprensa golpista dá um grande destaque para a sua candidatura na cidade de São Paulo. Análises superficiais e muitas delas favoráveis aos golpistas coloca Guilherme Boulos com uma esquerda aceitável pela direita golpista.
