Europa

Reino Unido: repressão ‘mão pesada’ contra ato pró-Palestina

Em janeiro, a polícia londrina já havia imposto restrições a protestos em frente à BBC durante a Marcha Nacional pela Palestina, resultando na prisão de figuras importantes

Na última terça-feira (15), a Polícia Metropolitana de Londres foi acusada de agir com excessiva violência ao reprimir um protesto pró-Palestina em frente à sede da rede inglesa BBC, na capital britânica, resultando na prisão de três manifestantes. Os ativistas denunciaram a cobertura da emissora sobre a guerra em Gaza, criticada por favorecer a propaganda favorável à ditadura sionista, e enfrentaram uma resposta policial muito violenta, marcada por agressões físicas e detenções. Testemunhas relataram cenas de brutalidade, com policiais avançando contra a multidão e usando força excessiva para dispersar o ato.

Diretor da organização Hindus for Human Rights UK, Rajiv Sinha descreveu a ação policial: “a forma como a polícia agiu foi muito violenta. Nunca vi esse nível de brutalidade contra manifestantes antes”.

Ele relatou que um grande grupo de agentes formou uma linha para realizar uma prisão, enquanto a multidão reagia, entoando “isto é repressão” durante a retirada dos detidos. Sinha afirmou que os policiais superavam em número os manifestantes e destacou vídeos divulgados nas redes sociais que mostram agentes golpeando participantes.

Um porta-voz do grupo Youth Demand, um dos organizadores do protesto, também condenou a repressão: “fomos recebidos com policiamento extremo, mas mantivemos a união para protestar contra o genocídio em curso”. A Polícia Metropolitana, por sua vez, justificou as prisões, afirmando que um dos detidos foi suspeito de agredir um agente, causando ferimentos leves, e outros dois foram presos por suspeita de conspiração para cometer perturbação pública, embora um deles tenha sido liberado posteriormente. “Três pessoas foram presas e nenhuma restrição foi imposta”, declarou um porta-voz da polícia ao portal Middle East Eye.

O protesto foi convocado contra a cobertura da BBC, simpática ao genocídio promovido pelo enclave imperialista em Gaza, que, segundo o Ministério da Saúde local, matou mais de 51 mil palestinos desde outubro de 2023. Manifestações semelhantes têm ocorrido em várias cidades do Reino Unido, exigindo uma abordagem mais equilibrada da estatal.

Em janeiro, a polícia londrina já havia imposto restrições a protestos em frente à BBC durante a Marcha Nacional pela Palestina, resultando na prisão de figuras como Chris Nineham, da Stop the War Coalition, e na convocação de Ben Jamal, da Palestine Solidarity Campaign, para interrogatório. Ambos se declararam não culpados por violar a Lei de Ordem Pública.

Raghad Altikriti, presidente da Associação Muçulmana da Grã-Bretanha, também foi interrogada pela polícia na última quarta-feira (16) e criticou a intimidação: “não foi uma experiência agradável ser chamada por defender a justiça e me opor à opressão, especialmente quando você sabe que não fez nada errado”. Ela destacou a natureza pacífica dos protestos, reconhecida até por declarações policiais: “nossa força vem do fato de que temos sido amplamente pacíficos, com até mesmo declarações da polícia confirmando isso”.

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