Palestina

‘Israel’ cegou 1.500 palestinos e está prestes a cegar mais 4 mil

Segundo o diretor do hospital dr. Abdelsalam Sabah, a estrutura encontra-se em 'colapso quase total'

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza alertou neste domingo (11) para o colapso total do setor oftalmológico no território, que já levou à cegueira de cerca de 1.500 palestinos desde o início da ofensiva militar de ‘Israel’ e ameaça deixar outros 4 mil permanentemente cegos. A única unidade hospitalar especializada em atendimento ocular, o Hospital de Olhos de Gaza, está prestes a paralisar completamente suas atividades cirúrgicas, em razão da falta quase absoluta de medicamentos, equipamentos e insumos.

Segundo o diretor do hospital dr. Abdelsalam Sabah, a estrutura encontra-se em “colapso quase total”. Cirurgias para o tratamento de doenças da retina, retinopatia diabética e hemorragias oculares internas foram praticamente suspensas. “O setor de saúde está enfrentando uma escassez crítica de insumos e equipamentos médicos necessários para cirurgias oftalmológicas, o que está levando a um colapso quase total dos serviços cirúrgicos”, declarou.

Entre os principais insumos em falta, estão o Healon — substância essencial em operações oftalmológicas — e fios de sutura extremamente finos, utilizados em cirurgias de precisão, particularmente para tratar ferimentos causados por explosões. Ambos os materiais estão praticamente esgotados no hospital.

O Dr. Sabah destacou que atualmente restam apenas três tesouras cirúrgicas disponíveis para todos os procedimentos do hospital, todas elas em estado avançado de desgaste. O equipamento está sendo reutilizado em diferentes operações, o que compromete a segurança dos procedimentos, aumenta o risco de infecção e reduz a eficácia dos tratamentos.

O Ministério da Saúde informou que 64% dos insumos médicos consumíveis estão fora de estoque, incluindo seringas, cateteres, luvas e outros itens básicos. A escassez também atinge 43% dos medicamentos essenciais, um aumento de 6% em relação ao mês anterior. Essa falta afeta diretamente o funcionamento de setores vitais dos hospitais, como os departamentos de emergência, as salas de cirurgia e as unidades de terapia intensiva.

Pacientes com doenças crônicas como insuficiência renal, câncer, distúrbios hematológicos e cardíacos estão entre os mais afetados pela crise. A continuidade dos serviços de saúde está em risco iminente, segundo o Ministério, caso a entrada de materiais médicos siga bloqueada.

A destruição da infraestrutura hospitalar, em especial das unidades de tratamento oftalmológico, é considerada um dos aspectos mais graves da crise de saúde pública em Gaza. Trata-se de um setor que depende fortemente de equipamentos delicados e de alta precisão, os quais não estão mais disponíveis nem podem ser esterilizados adequadamente.

Diante do agravamento da situação, o Ministério renovou seu apelo para que agências humanitárias e instituições médicas internacionais promovam ações urgentes de envio de ajuda, com foco especial no atendimento ocular, a fim de evitar novos casos de cegueira irreversível.

O número total de mortos em Gaza, segundo dados atualizados da pasta, chegou a 52.810 desde o início da ofensiva de ‘Israel’. Além disso, 119.473 pessoas ficaram feridas, muitas das quais dependem de cirurgias e tratamentos especializados, inclusive oftalmológicos, que não podem mais ser realizados pela ausência total de condições técnicas.

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