Khalil al-Hayya, o chefe do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza e o principal negociador palestino, anunciou que um acordo foi alcançado para encerrar a guerra e a agressão contra o povo palestino, após dois anos de uma guerra brutal e incessante que matou mais de 67.000 pessoas em Gaza. Al-Hayya explicou que o movimento recebeu garantias dos mediadores e do governo dos Estados Unidos, e ele confirmou que todas as partes enfatizaram que a guerra terminou completamente.
Além disso, ele revelou que o acordo inclui a libertação de 250 prisioneiros que cumpriam prisão perpétua, e 1.700 detidos de Gaza que foram presos após 7 de outubro, bem como a libertação de todas as mulheres e crianças. Em seu discurso, al-Hayya afirmou que o mundo está admirado com os sacrifícios, a firmeza e a paciência demonstrados pelo povo de Gaza, destacando ainda que os moradores da Faixa lutaram uma guerra como nenhuma outra que o mundo já viu e resistiram à tirania, brutalidade e massacres do inimigo.
Ele acrescentou que o povo de Gaza permaneceu firme como montanhas, com sua determinação nunca enfraquecendo diante de assassinatos, deslocamentos, fome e a perda de família e lares.
O chefe do Hamas prestou homenagem aos mártires da operação de 7 de outubro de 2023, nomeando especificamente os líderes Ismail Hanié, Saleh al-Arouri, Iahia Sinuar e Mohammed Deif, descrevendo-os como os líderes da Operação Dilúvio de Al-Aqsa.
Al-Hayya também elogiou o heroísmo dos combatentes da resistência que “lutaram à queima-roupa e permaneceram como uma montanha poderosa contra os tanques da ocupação”, enfatizando que esses heróis frustraram todos os planos israelenses de deslocar pessoas, impor a fome e criar o caos, enquanto “Israel” se arrastava, cometia massacre após massacre e sabotava repetidamente os esforços dos mediadores.
Ele também expressou seus agradecimentos e apreço aos países e forças que compartilharam o sangue e a batalha do povo palestino, no Iêmen, Líbano, Iraque e na República Islâmica do Irã, e aos povos livres ao redor do mundo que se solidarizaram com Gaza, especialmente os participantes dos comboios de apoio e liberdade por terra e mar, e todos que “contribuíram com uma palavra de verdade”.
O Chefe do Hamas em Gaza concluiu sua declaração afirmando que, “por dois anos, Gaza tem defendido Al Quds e Al Aqsa e lutado contra o inimigo com toda bravura”, enquanto enfatizou a continuação do trabalho com todas as forças nacionais e islâmicas para completar os passos restantes.
