Brasil

Haddad faz rejeição ao governo voltar a subir

Política neoliberal adotada por Haddad mantém a rejeição ao governo do PT em patamares expressivamente superiores aos da aprovação

No último dia 12, o instituto Datafolha divulgou uma nova pesquisa de opinião com números ruins para o presidente Lula, mostrando a dificuldade encontrada pelo governo em reverter a rejeição e recuperar a sua popularidade.

Segundo o instituto, 40% dos eleitores avaliam o governo como ruim ou péssimo, enquanto 28% o consideram como bom ou ótimo. Na última pesquisa, os números foram melhores, mas ainda no mesmo patamar: 38% reprovavam o governo e 29% aprovavam. Os números do Datafolha começaram a ficar preocupantes a partir de uma pesquisa feita em fevereiro deste ano, em que a reprovação subiu 7 pontos e chegou aos 41% (pior índice nos três mandatos do Lula) e aprovação despencou 11 pontos e chegou em 24%.

O aumento da rejeição, que parecia ter tido uma melhora tímida, voltou a subir, mantendo o governo em seu pior momento. Os números do Datafolha se aproximam de outros institutos de pesquisa que apontam que a rejeição ao governo é consideravelmente maior do que a aprovação.

Naturalmente, uma pesquisa de opinião sempre deve ser vista com criticidade, até porque elas são realizadas pelos mesmos órgãos da imprensa burguesa que mentem todos os dias e refletem mais a opinião de quem as paga, do que propriamente a opinião do público. No entanto, elas não podem ser completamente desprezadas, pois apontam tendências da situação política.

Quando a primeira pesquisa mostrando a disparada da rejeição e o derretimento da aprovação apareceu, o fenômeno foi considerado como resultado de um erro de comunicação por parte do governo, o que fez com Lula colocasse o marqueteiro Sidônio Pereira para coordenar a divulgação das ações do presidente. Agora, em que os números voltaram a piorar, a causa atribuída é a crise gerada pela operação da Polícia Federal no INSS, o que mostra que o problema é muito maior que do que a comunicação.

A realidade é que o fator central que vem corroendo a confiança da população no governo não é propaganda, mas sim a política econômica adotada. Desde o início, o ministro da Fazenda Fernando Haddad, tem imposto um programa voltado aos interesses dos banqueiros, com cortes, aumentos de impostos e arrocho fiscal contra os trabalhadores.

Tudo isso sob a velha desculpa de “equilibrar as contas”, enquanto o lucro dos parasitas do sistema financeiro segue intocado. É essa política que está levando à estagnação do governo, ao descontentamento popular e ao crescimento da rejeição.

Ao lado disso, Lula tem se recusado a romper com os verdadeiros responsáveis pela destruição do País: os banqueiros, o imperialismo e o aparato golpista instalado desde 2016. Sem enfrentar abertamente os tubarões do capital, o governo é empurrado para um beco sem saída, onde os ataques recaem sobre os mais pobres, e o desgaste atinge o presidente. É nesse vácuo que escândalos como a operação da Polícia Federal no INSS ganham proporção, funcionando como válvula de escape para um descontentamento real que nasce da política de conciliação com os inimigos do povo.

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