Estão sendo realizadas em todo o País as Convenções Estaduais e Distrital preparatórias à XXVII Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba, que ocorrerá entre os dias 19 e 21 de junho, em Vitória (ES).
No último dia 17, aconteceram as convenções de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba e Distrito Federal. Nos próximos dias, haverá encontros também no Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Alagoas, entre outros estados.
As reuniões promovem debates sobre a Revolução Cubana de 1959, a resistência do povo cubano contra a dominação imperialista — em especial dos Estados Unidos —, e o exemplo que a revolução representa para os povos do mundo. Os encontros também reforçam a importância da solidariedade internacional frente ao bloqueio econômico e outras sanções impostas pelos EUA.
Bloqueio nefasto
Em Brasília, a convenção contou com a presença do embaixador de Cuba, Adolfo Curbelo Castellanos. Ele descreveu os efeitos devastadores do bloqueio econômico. Relatou a crise energética e as dificuldades para manter a produção de alimentos básicos, como ovos e galinhas.
“Precisamos realizar uma transação na França e, embora tenhamos condições econômicas, não há meios, pois os bancos são impedidos de realizar transações comerciais devido ao bloqueio imposto pelos EUA”, afirmou.
Castellanos também citou o caso da Guatemala. “A remessa internacional é parte elementar da economia deles, pois cerca de 21 milhões de dólares anuais são enviados por imigrantes guatemaltecos. Cuba não pode receber remessa de nenhum valor”, explicou.
Os BRICS devem defender Cuba
Apesar do bloqueio, Cuba desenvolveu tecnologia própria, como vacinas contra a Covid-19, e enviou ajuda humanitária para países da África, América Latina e até da Europa. Mesmo com restrições, o país continua promovendo solidariedade internacional.
Por isso, uma das propostas debatidas nas convenções é a realização de uma manifestação durante a Cúpula dos BRICS, marcada para julho no Rio de Janeiro. A mobilização está sendo organizada junto à Internacional Antifascista e outros movimentos.
O objetivo é exigir apoio político e material dos países-membros à Cuba e o fim do veto brasileiro à entrada da Venezuela no bloco, fortalecendo a unidade latino-americana contra o imperialismo na região.