As empresas terceirizadas tratam os seus trabalhadores como verdadeiros escravos, digno dos tempos da senzala.
“Os vigilantes das empresas Ipanema e Aval, que prestam serviços nos hospitais, nas Unidade de Pronto Atendimento (Upas) e Unidade Básica de Saúde (UBS) do DF, iniciaram uma greve nesta segunda-feira (11). A mobilização é contra o atraso no pagamento dos salários e do tíquete-alimentação, que deveriam ter sido quitados no quinto dia útil deste mês” (Site CUT/DF 11/03/2024)
Diante disso, os trabalhadores da vigilância dessas empresas estão obrigados a tirar, de onde não tem, recursos para poder alimentar a si próprio e suas famílias e, logicamente, não conseguir arcar com as despesas de casa, já que os seus salários estão atrasados a vários dias.
É claro que a “Justiça” do Trabalho não poderia ficar de fora, quando o assunto diz respeito à defesa dos patrões. O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), Alexandre Nery de Oliveira, com agilidade digna dos verdadeiros serviçais dos interesses dos empresários e seu governo, no mesmo dia do início da greve dos vigilantes, deu despacho determinando a suspensão da greve e fixou uma pena de multa de R$ 10 mil por hora em caso de descumprimento. A decisão liminar atendeu pedido do Governo do DF sob a alegação da abusividade da greve por afetar um serviço essencial, ou seja, o setor de saúde.
A decisão liminar do presidente do tribunal mostra a total arbitrariedade da justiça brasileira já que, utilizando as próprias palavras do juiz, “mesmo que vigilantes não se enquadrem nas hipóteses de serviços essenciais previstos na Lei de Greve, a paralisação de atividade de vigilância em hospitais e postos de saúde ameaça a integridade desses serviços”. (Correio Braziliense 11/03/2024)
Em relação ao atraso do pagamento dos salários e dos direitos dos trabalhadores, o silêncio dos surdos e mudos!
É preciso dar um basta a esta situação de escravidão desses empresas terceirizadas que prestam serviço para o governo do golpista Ibaneis. Essas atitudes são os modus operandi dessas empresas, que tratam os seus funcionários como lixo, não cumprem com o contrato de trabalho e ainda são acariciados pela “Justiça” do Trabalho.
As organizações de luta dos trabalhadores não devem se submeter às arbitrariedades dos patrões e seus serviçais e, aprofundar a mobilização dos trabalhadores com a greve, até que as suas reivindicações e a garantia dos seus direitos sejam atendidos.