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Henrique Áreas de Araujo

Militante do PCO, é membro do Comitê Central do partido. É coordenador do GARI (Grupo por Uma Arte Revolucionária e Independente) e vocalista da banda Revolução Permanente. Formado em Política pela Unicamp, participou do movimento estudantil. É trabalhador demitido político dos Correios e foi diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios)

Coluna

Um ato para qualquer um botar defeito

O 1º de Maio das tais "centrais" foi um escárnio contra os trabalhadores

Feriado, sol, tempo bom; dia internacional de luta dos trabalhadores, é a greve mundial da classe operária, quando os trabalhadores do mundo se mobilizam para lembrar das suas reivindicações e dos mártires de sua luta.

Momento dos militantes saírem às ruas! Manifestação!

Mas a burocracia sindical brasileira não liga pra isso. Faz jus ao seu status de burocrata e escarra nesse dia de luta, como costuma escarrar na cara do trabalhador no dia a dia do sindicato.

Quem chegou ao ato de 1 º de Maio chamado pelas “centrais” sindicais deparou-se com uma barreira. Isso para quem conseguiu chegar, porque o ato foi marcado para Itaquera, no estacionamento do estádio Itaquerão. Os cínicos e demagogos disseram que a zona Leste foi escolhida porque é a periferia. Pura babaquice demagógica, fosse assim teriam mobilizados os moradores da região e não teriam criado todo o tipo de barreira para que as pessoas participassem.

Bom, quem chegou lá, deparou com grandes, muitas grades, escadarias, muitas escadas e seguranças, muitos seguranças. Aliás, dava a nítida impressão que quem mandava mesmo no ato eram os seguranças, com seus blazers pretos um pouco maior do que o número, seus cabelinhos raspado, seu crachá.

Era o ato dos seguranças. Eles mandavam e desmandavam em tudo. Quem Lula que nada! Presidente da República não é nada perto de uma horda de seguranças contratados para garantir o bom andamento da atividade. Quem mandava mesmo ali eram eles.

Senhoras com garrafinhas d’água, crianças com salgadinhos de “isopor”, homens com sua latinha de cerveja para refrescar o dia; todos foram devidamente barrados no ato.

Como mobilizar assim? Impossível! Por isso o ato, mesmo com a presença do político mais popular do mundo – vale lembar que essas coisas podem mudar com o tempo – o ato foi minúsculo.

Enquanto isso, Bolsonaro vai para a Paulista e faz ato com – segundo dados oficiais – quase cem mil pessoas. Bolsonaro subiu num carro de som e falou pro povo. Na Paulista não tinha controle de entrada, não tinha detectores de metal, as senhoras podiam levar sua garrafinha d’água. Bolsonaro é a direita, a direita deveria ter medo do povo, não Lula!

Esse controle vai levar a um desastre político. Depois não vale reclamar que o povo não se mobiliza. O povo quer se mobilizar, quem não deixa é a burocracia.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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