Na quarta-feira (21), o transporte ferroviário argentino iniciou uma série de paralisações de 24 horas que se estenderão por vários setores nos próximos dias.
Por determinação do sindicato La Fraternidad, os serviços ferroviários, tanto de carga como de passageiros, foi o primeiro a parar. A categoria exige uma correção salarial entre 52% e 55%.
“Não estamos exigindo nenhum aumento salaria, apenas uma recomposição do que pedimos devido ao aumento inflacionário. É uma atualização”, disse Omar Maturano, dirigente do sindicato.
Para a quinta-feira (22), está prevista uma paralisação dos funcionários da saúde. Ao mesmo tempo, os quatro sindicatos nacionais de professores filiados à Confederação Geral do Trabalho da República Argentina (CGT), UDA, CEA, AMET e SADOP, ameaçam convocar uma greve para a próxima segunda-feira (26), mesma data da volta às aulas em várias províncias argentinas. A CGT ainda estuda convocar uma greve geral.
A esquerda argentina, apesar de ter evoluído no que diz respeito a seu posicionamento em relação a Milei, continua paralisada frente ao avanço do governo. Finalmente, as centrais sindicais e os partidos de esquerda deveriam convocar uma greve geral não por melhorias salariais ou até mesmo contra o pacote de destruição neoliberal de Milei: mas sim, uma greve geral por fora Milei.