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'Israel'

Sionistas invadem outro hospital, assassinando quem tenta fugir

“Há tanques e veículos blindados estacionados em frente a esse portão. Existem câmeras de reconhecimento facial instaladas…em breve ocorrerão ataques e prisões em massa”

Após semanas cercando o Hospital Nasser, localizado na cidade de Khan Iunis, região sul da Faixa de Gaza, as Forças Israelenses de Ocupação invadiram o complexo médico neste dia 15 de fevereiro. Mais um crime do sionismo contra o povo palestino!

Em sua edição dessa quinta-feira (15), este Diário denunciou que um franco-atirador das forças israelenses de ocupação havia assassinado uma criança palestina em frente ao referido hospital. Na mesma matéria, foi igualmente denunciado que esse assassinato a sangue-frio foi apenas mais um entre mais de duas dezenas de assassinatos cometidos por franco-atiradores sionistas, enquanto as tropas sionistas vinham cercando o hospital há meses.

Tais ataques se deram no âmbito de um cerco que as tropas terrestres das Forças de Ocupação de “Israel” vêm realizando há mais de duas semanas contra o Hospital Nasser, o qual foi precedido de intenso bombardeio contra a cidade de Khan Iunis.

O mesmo modus operandi utilizado por “Israel” na invasão do Hospital al-Shifa, em novembro de 2023.

Nesse sentido, a invasão do Hospital Nasser também foi precedida de aviso por parte das forças de ocupação, que se utilizaram de VANTs equipados com alto-falantes. Uma tática para que os israelenses façam demagogia na imprensa imperialista, dizendo que deram a oportunidade para os palestinos não serem assassinados.

Primeiramente, os sionistas sequer têm direito de estar lá e expulsar os palestinos. Em segundo lugar, conforme vídeo divulgado pela rede de televisão Al Jazeera, do Catar, é possível ver claramente as tropas israelenses dizendo “Evacuem para fora. Evacuem agora, seus animais”.

Mostrando que o fascismo de “Israel” é tão intenso quanto o nazismo de Hitler, as forças de ocupação enviaram um prisioneiro palestino para repassar a ordem de evacuação para aqueles que ainda se encontravam dentro do local. Contudo, segundo relatos de testemunhas, esse mesmo palestino foi assassinado depois por franco-atiradores sionistas.

Com a invasão das tropas sionistas ao Hospital Nasser, centenas de palestinos foram forçados a sair do complexo, incluindo médicos e demais funcionários. Segundo relatos, a ordem dada pelos israelenses foi de que deveriam ir para Rafá, o que mostra um possível plano dos sionistas de aglomerar o maior número possível de palestinos na cidade, para então desatar uma ofensiva, forçando uma fuga deles para o Egito.

Vale ressaltar ainda que, apesar de toda a demagogia por parte de “Israel”, de que garantiria passagem segura aos palestinos, vídeos registram tiros sendo disparados contra as pessoas que se deslocavam, conforme exposto no link acima.

De acordo com testemunhas, novamente os franco-atiradores sionistas atiram contra qualquer um que se movia, de forma que várias pessoas foram assassinadas nas proximidades do hospital.

“Saí com meu marido, que é cego. Eu estava fazendo diálise renal. Destruíram as paredes que nos rodeavam, bem como a sala do médico. Eles ordenaram que saíssemos e atiraram contra nós, dispararam bombas e foguetes sobre nossas cabeças de cima”, disse a paciente Rasmeya Saleem Abu Jamoos à Al Jazeera.

Nem mesmo funcionários da organização imperialista Médico sem Fronteiras foram poupados. A organização publicou em sua conta no X (antigo Twitter) que “nossa equipe médica teve que fugir do hospital, deixando os pacientes para trás”, acrescentando que um de seus funcionários está desaparecido e outro foi detido pelas forças israelenses.

Deve ser destacado que o Hospital Nasser é a maior unidade de saúde no sul de Gaza. Conforme descreve a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se de uma instalação crítica “para toda Gaza”, onde apenas uma minoria de hospitais está parcialmente operacional. Frisando esse ponto, o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o hospital é “espinha dorsal do sistema de saúde no sul de Gaza”.

O que apenas reforça a natureza genocida dos ataques perpetrados por “Israel” contra o Hospital Nasser. Quando foi iniciada a invasão ao complexo, ele contava com cerca de 300 funcionários médicos, 450 pacientes e cerca de 10 mil palestinos abrigados.

Segundo Tareq Abu Azzoum, correspondente da Al Jazeera, noticiando direto de Rafá, as tropas sionistas “destruíram o portão norte do hospital e bloquearam-no com montes de areia e entulho. Apenas o portão leste está aberto agora”. Uma tática similar ao que foi utilizada durante a Nakba, contra as aldeias, para expulsar os palestinos de suas terras.

Azzoum também chamou a atenção para o fato de que as forças de ocupação estão preparando o terreno para realizar prisões em massa:

“Há tanques e veículos blindados estacionados em frente a esse portão. Existem câmeras de reconhecimento facial instaladas… Com base em experiências anteriores, a instalação de câmeras de reconhecimento facial e equipamentos de alta tecnologia significa que em breve ocorrerão ataques e prisões em massa.”

A justificativa de “Israel” para invadir o hospital é de que o Hamas estaria escondendo prisioneiros lá. Contudo, esta foi exatamente a mesma justificativa para todas as invasões anteriores a hospitais e outros lugares como escolas e afins. E nenhum prisioneiro foi encontrado, sendo mais uma das falsificações da máquina de propaganda sionista para justificar a continuidade do genocídio contra o povo palestino.

Sem conseguir derrotar a resistência palestina, “Israel” segue massacrando civis, como medida de desespero. Um sinal claro de sua decadência.

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