O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, declarou que os países imperialistas irão fracassar ao tentar impor sua vontade ao Irã por meio de sanções, de acordo com a agência de notícias Fars.
Ele disse: “os países ocidentais devem saber, e é surpreendente que eles ainda não saibam disso, que as sanções são uma ferramenta fracassada e que eles não podem impor sua vontade ao Irã por meio de sanções, tanto na questão nuclear quanto em outras questões”.
Araghchi enfatizou que Teerã está preparada para se envolver em um diálogo baseado no respeito mútuo, em vez de ameaças e pressão.
“O Irã continua em seu próprio caminho com força, embora sempre tenhamos estado abertos a negociações para resolver disputas… mas o diálogo deve ser baseado no respeito mútuo, não em ameaças e pressão”, disse Araghchi, de acordo com a agência de notícias oficial IRNA.
Isso ocorre logo após o Ministério das Relações Exteriores do Irã convocar, na terça-feira (10), os embaixadores do Reino Unido, França, Holanda e Alemanha após alegações de seus países de que Teerã forneceu mísseis balísticos para a Rússia.
A ação diplomática ocorre após uma declaração conjunta da Alemanha, Reino Unido e França na terça-feira, onde os três países ameaçaram o Irã com novas sanções, incluindo o potencial cancelamento de acordos bilaterais de serviços aéreos.
A República Islâmica negou consistentemente as acusações de fornecer apoio militar à Rússia para a guerra na Ucrânia. Várias alegações foram levantadas contra o Irã, com os Estados Unidos alegando que Teerã estava fornecendo drones a Moscou para uso na guerra. No entanto, nenhuma evidência foi apresentada para apoiar qualquer uma das alegações.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, reiterou no último domingo que o Irã defende uma solução política para resolver as disputas entre a Rússia e a Ucrânia e pôr fim ao conflito militar.
Kanaani criticou as repetidas alegações de transferências de mísseis balísticos para a Rússia como politicamente motivadas e totalmente infundadas, enfatizando que a cooperação militar entre Teerã e Moscou tem “uma história muito mais antiga do que o início da guerra ucraniana”.
O porta-voz explicou que “essas cooperações estão dentro da estrutura de acordos bilaterais e baseadas em normas e leis internacionais e não têm nada a ver com a crise na Ucrânia”.