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Juca Simonard

Editor da revista Na Zona do Agrião e redator do Dossiê Causa Operária

Coluna

Por que não estou feliz com a contratação de Luiz Henrique

Chegada de Luiz Henrique simboliza atual situação do Botafogo de clube satélite do Olympique Lyonnais

O Botafogo anunciou oficialmente a contratação do atacante Luiz Henrique, após uma novela que gerou insatisfação entre os torcedores do Alvinegro. Revelado pelo Fluminense, jogando atualmente no Bétis, da Espanha, o Glorioso fez a contratação mais cara (em valores absolutos, desconsiderando a inflação) da história do futebol brasileiro, com R$106,6 milhões. Luiz Henrique é, de fato, um dos atacantes mais habilidosos do futebol mundial, com nível de Seleção Brasileira, objetivo que ele considerou ao aceitar voltar para o futebol brasileiro.

Mas, apesar disso, por que eu, botafoguense, não estou feliz com a contratação de Luiz Henrique?

O motivo é relativamente simples: devido às condições pelas quais ele chegou ao Botafogo. Em quaisquer outras condições, pularia de alegria com uma contratação como essa. Sem dúvida, ele tem a qualidade com a bola para mudar qualitativamente o jogo (até agora, nesse início de temporada, medíocre) do time; ele melhorará, com certeza, a atuação do escrete. Porém, a compra de Luiz Henrique tem um significado maior para o Botafogo.

O clube, em 2022, virou SAF, isto é, foi privatizado, comprado por um “dono”, o empresário norte-americano John Textor e seu grupo Eagle. O grupo controla uma rede multiclubes, da qual o principal ativo é o francês Olympique Lyonnais (OL). Pelo esquema montado por Textor, o Botafogo fica numa posição secundária ao clube francês. Suas revelações, Jeffinho (2022), Adrielson e Lucas Perri (2023), são transferidos para o clube principal, o Lyon.

Para que Luiz Henrique jogasse no Botafogo, Textor garantiu que ele retornaria à Europa através do OL — inclusive, podendo jogar apenas meia temporada no Alvinegro. Quem ganha com isso? Claramente, não o Botafogo. Claro, o Glorioso melhorará, mas tudo isso apenas para fortalecer seu clube europeu. Se for preciso sacrificar o Botafogo para manter o Lyon, isso será feito.

Por isso, apesar de ser um craque, não fico feliz com a chegada de Luiz Henrique, que simboliza a atual situação do Botafogo de clube satélite do Olympique Lyonnais.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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