Nessa quarta-feira (6), trabalhadores da Refinaria Mataripe, a antiga Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, reagiram a uma demissão em massa de empregados e terceirizados que prestavam serviços no local, deflagrando uma greve.
A refinaria em questão foi privatizada em 2021, durante o governo Bolsonaro, sendo atualmente gerida pelo fundo árabe Mubadala e administrada pelo grupo Acelen. Desde então, as demissões aumentaram cada vez mais: até quarta-feira, 150 trabalhadores haviam sido demitidos, sendo 120 destes terceirizados.
Para se ter uma noção do tamanho da ofensiva dos patrões contra os trabalhadores da refinaria, somente na terça-feira (5), um dia antes do início da greve, 28 empregados foram demitidos de uma só vez.
“Lutamos pela manutenção dos empregos e contra a política irresponsável da Acelen que promove a cada dia demissão em massa”, afirma Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), em nota sobre o caso.
Bacelar também afirmou que “tudo indica que depois desse anúncio, a Acelen está reduzindo o número de efetivo [próprio e terceirizado], o que impacta na manutenção das unidades e na segurança das atividades”.