Na escalada das tensões entre Irã e “Israel”, a posição do imperialismo norte-americano se encontra ainda mais ameaçada na região. Isso se dá pelo motivo de que os países que dividem o Golfo Pérsico com o país persa, já demonstram grande rebeldia em relação à opressão imperialista, tendo se recusado, por exemplo, a dificultar o controle sob a região.
Conforme a revelação de um alto funcionário norte-americano ao sítio Middle East Eye, “as monarquias do Golfo tem trabalhado pela via diplomática para fechar caminhos que as possam ligar a uma represália dos EUA contra Teerã”.
Dentre esses países estão: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã e Cuaite. Há suspeitas de que a Turquia também vetou seu espaço aéreo para eventuais ataques. No passado, como na Guerra do Golfo em 1991, os países aliados na região foram fundamentais para a campanha de guerra imperialista.
Atualmente os EUA possuem 40 mil militares espalhados por diversas bases na região. Somente a base de Al Udeid, no Catar, conta com 10 mil deles. No Bahrein são sete mil soldados, no Cuaite 15 mil e nos Emirados cinco mil. Além da base aérea Prince Sultan e na Arábia Saudita, 2,7 mil soldados e aviões de combate.
A explicação para esse afastamento destes tradicionais aliados do imperialismo no Oriente Médio se dá pela mudança na política econômica destes países, que buscam se afastar da dependência do dólar para suas transações, quebrando a força do monopólio imperialista. Ainda, sentindo o momento de fraqueza da ditadura mundial, os regimes submissos buscam se libertar do jugo das nações desenvolvidas, garantindo-se por meio de uma maior aproximação maior com os BRICS.
Dessa maneira o isolamento do imperialismo na região já é grande e tende a aumentar, pois não se trata apenas de um afastamento político quanto a questão dos conflitos, mas sim um afastamento econômico, visando uma libertação da dependência destes países com os monopólios imperialistas que pretendem explorar todo o petróleo da região.
O único aliado da região caminha para ser somente o estado artificial de “Israel”, um aliado cada vez mais incômodo, cuja sustentação demanda um alto custo político para o imperialismo, como evidencia a atual crise interna norte-americana e as convulsões nas grandes cidades europeias em favor da Palestina. Um aliado, enfim, que não é um aliado de fato, mas um estorvo, podendo ainda se converter em algo muito pior, como as sucessivas provocações contra o Irã e a tentativa de arrastar os EUA para sua guerra contra o Hamas demonstram.
