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Marcelo Marcelino

Membro Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD) nacional, sociólogo, economista e cientista político, pesquisador do Núcleo de Estudos Paranaenses – análise sociológica das famílias históricas da classe dominante do Brasil e membro do Partido da Causa Operária – Curitiba.

Coluna

O sionismo e o imperialismo

"Sionismo construiu o imperialismo, assim como o imperialismo alimenta a besta fera do sionismo e por isso à luta armada não é uma opção, mas a única alternativa"

O sionismo construiu e lapidou o imperialismo e a maquiagem identitária encobre a verdadeira face espúria dos criminosos internacionais

Preâmbulo aos “malvadez” brancos europeus

Há muito, que as classes dominantes historicamente estão em conluio com o imperialismo para poderem continuar a saga de pilhagens e massacres contra o povo desde o período colonial. Isso ocorre, não pela maneira que a esquerda pequeno burguesa identitária procura explicar; isto é, o nosso atraso civilizacional foi promovido pela dicotomia progresso X atraso no sentido de que os detentores do poder político e econômico utilizaram o progresso para escravizar o povo comandado pelos “malvadez” brancos europeus, criminosos racistas e xenófobos. A história da humanidade é até então a história da luta de classes e pelo desenvolvimento das forças produtivas de base material é que se desenrolam concretamente as disputas pelas fatias da sobrevivência e do acúmulo e reprodução da ganância do capital; antes mesmo do modo de produção capitalista com sua lógica em vigor, prosseguir a sua marcha.

O desenvolvimento das forças produtivas é um processo histórico e concretamente determinado pelas relações sociais de produção e as distinções sociais hierárquicas como racismo, machismo, xenofobismo e outros tantos são processos que derivam da base material da sociedade, de onde as ideologias são forjadas. Quando chamamos a atenção para o problema da pilhagem colonial com suas formas de expropriação, escravização e toda a ordem de violência empregada sinalizamos para olharmos à burguesia mercadora e industrial como inimigos de classe a serem enfrentados e não contra o progresso material da sociedade. Esses indivíduos no poder são capazes de tudo para continuar acumulando e reproduzindo riquezas a qualquer custo e serem brancos de etnia de matriz europeia não é a questão central, mas sim, o fato de serem os ditos “homens bons” da classe dominante; porque eram assim as designações da classe dominante no Brasil no século XIX a começar pelos nossos colonizadores seculares. No século XX e agora XXI podemos constatar ainda com maior clareza o que essa classe dominante é capaz em todos os sentidos. E lembrando o seguinte: esses “homens bons” da classe historicamente dominante no Brasil em conluio com o imperialismo não são “safadez” por serem “paulistes”, “americanes” ou quaisquer europeus brancos; eles são criminosos por serem “imperialistas” e quaisquer outras são secundárias ou até mesmo irrelevantes.

Judeus e sionistas

O sionismo não é apenas uma ideologia ou doutrina teoricamente pensada com maior apreciação e rigor desde o século XIX; ele é um projeto de conquista e avanços de dominação econômica por parte da classe dominante europeia, onde o embrião do imperialismo se formava. O imperialismo só pode ser construído e lapidado devido ao enorme impulsionamento do capitalismo na Era industrial desde as revoluções burguesas inglesa e francesa, em especial. A acumulação e reprodução do capital em grande escala permitiu embrionariamente a formação do capitalismo monopolista ainda na fase concorrencial. A concentração de capital nas mãos dos potentados detentores do capital encontrou nos banqueiros os parceiros perfeitos para que essa fusão no último quarto do século XIX proporcionasse a formação de grandes conglomerados econômicos financeiros, principalmente pós Segunda Guerra Mundial. 

Os judeus pertencentes às famílias históricas europeias planejaram o Sionismo e o colocaram em prática com muito capital investido, principalmente a partir do mandato britânico na Palestina em 1923 e assim como as famílias monárquicas na Europa medieval, não importa a origem étnica da sua nacionalidade europeia, desde que pertençam à nobreza e ainda contemple ricos e influentes banqueiros e mercadores com a chegada do “Renascimento” europeu. Assim ocorreu com a família Rothschild do clã alemão secular. Eles representam o sionismo enquanto projeto de expansão do capitalismo histórico; hoje imperialismo em conluio com outras famílias dinásticas europeias e que se associaram com os demais imperialismos nos quatro cantos do ocidente. São esses grupos que forjaram o imperialismo com suas riquezas conquistadas às custas de toda a pilhagem colonial, exploração escravista e assassinatos em massa. São esses grupos associados os responsáveis por financiarem golpes de Estado, terrorismo de Estado e agressão, além de guerras civis intermináveis na África e demais regiões. O Estado de Israel criado em 1948 é a consagração desse projeto que começa ainda no século XIX na Europa. São esses grupos dinásticos familiares que irão promover a fusão do capital industrial com o bancário no final do século XIX e vão organizar os Estados nacionais europeus para que confluam na direção dos interesses da classe dominante, onde estão posicionados na hierarquia acima dos demais na “cadeia alimentar”. Os EUA se tornaram a principal potência e o braço econômico e armado que salvaguarda Israel na região do Oriente Médio; ao mesmo tempo que Israel serve como um satélite geopolítico dos EUA na região. 

Não se trata de brancos “safadez”, mas de indivíduos que diante de uma intensa disputa política na correlação de forças, tomaram a dianteira da dominação econômica e financeira mundial às custas de bilhões de pobres, miseráveis e esmagados pelas guerras e toda a ordem de sofrimento. Mirar a luta contra a burguesia mundial é o foco e para isso é fundamental, ao mesmo tempo que possamos combater a classe dominante nacional em conluio com os imperialistas sionistas mundiais. Os meios de comunicação não podem agir como voz uníssona a favor desse imperialismo espúrio, com o braço armado de Israel cometendo genocídio indiscriminado contra o povo palestino, assim como esse mesmo imperialismo fez e continua fazendo contra todos os povos oprimidos do mundo, inclusive milhões de brasileiros. O Sionismo construiu o imperialismo, assim como o imperialismo alimenta a besta fera do sionismo e por isso à luta armada não é uma opção, mas a única alternativa na luta contra a burguesia mundial e seus representantes através do sionismo no Brasil e no mundo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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