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Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

Coluna

O cancelamento é a sepultura identitária da arte

É preciso combater essa tendência criminosa, impulsionada por setores pró-imperialistas inimigos do país

A cultura do cancelamento é uma das armas dos identitários para tentar calar quaisquer vozes que procurem questionar minimamente suas ideias. Os identitários, como se sabe, são papagaios do imperialismo mundial, procurando propagar sua ideologia através de uma falsa defesa de setores oprimidos, como os negros, mulheres e LGBT. No momento em que vivemos, a ideia do “cancelamento”, que envolve uma campanha, geralmente caluniosa, contra determinados elementos combina bastante também com o crescente clima de censura e de perseguição à liberdade de expressão.

Nesta edição da revista Breton prestamos homenagem aos cancelados e “canceláveis” de nossa história. Entre eles, um dos mais comentados do Brasil, o escritor Monteiro Lobato. Embora tenha uma obra monumental e tenha se provado ser um dos maiores literatos de nossa história, os identitários não puderam tolerar frases como “Pare com isso, Emília! Não desrespeite a Tia Nastácia. Todos sabem que ela é preta só por fora”. Essa junção de palavras seria o suficiente para jogar no lixo tudo que outrora fora escrito por ele. 

A cultura de cancelamento não atinge apenas os grandes do passado, é, mais do que isso, uma possibilidade constante no período atual. É preciso estar sempre atento para não fazer os tais comentários “racistas”, “homofóbicos” ou “machistas”, que muitas vezes são apenas críticas contra determinadas pessoas por suas posições políticas. 

Nem a famosíssima J. K. Rowling, autora dos livros da franquia Harry Potter, que chegaram a vender mais do que a Bíblia, escapou dos “canceladores” de plantão. Ao afirmar que o termo “pessoa com vagina” poderia, simplesmente, ser trocado por “mulher” e outras colocações semelhantes, ela foi taxada de transfóbica e de “feminista radical”, o que também é um insulto gravíssimo para os ativistas da “causa trans”. 

A posição do GARI a respeito do cancelamento é a mais contrária possível. A perseguição e tentativa de censurar a obra de artistas por comportamentos que não se encaixam na cartilha do identitarismo é uma postura reacionária e anti-arte. Os defensores da cultura e da arte revolucionária devem se colocar a favor da liberdade de expressão total e irrestrita. A ideia de alterar trechos “racistas” da obra de Monteiro Lobato ou de impedir a venda de seus livros é um ataque obsceno à cultura nacional, algo digno de pessoas vendidas para um país estrangeiro, com ódio por tudo que é produzido no Brasil.

É preciso combater essa tendência criminosa, impulsionada por setores pró-imperialistas inimigos do país. A arte não deve ter fronteiras definidas por ninguém, muito menos pelos identitários, cuja conduta é anti-nacional e anti-popular. Nesse sentido, o GARI, através de sua publicação Breton, celebra toda arte passível do cancelamento e combate essa tendência com todas as forças de que dispõe. A arte revolucionária é livre de amarras e de considerações morais baratas, influenciadas por setores que não têm nada a oferecer além de sua ignorância impulsionada por inimigos do povo.

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