Nesta terça-feira (10), Hassan Abdul Ghany, comandante militar do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), milícia apoiada pelo imperialismo e que era o braço sírio da Al-Qaeda, afirmou que o grupo tomou controle da cidade de Deir ez-Zor. O anúncio oficial ocorre dias após a tomada de Deir ez-Zor ter sido anunciada por mercenários do HTS.
Além da cidade no leste, os mercenários também teriam capturado as cidades de Latakia e Tartous, localizadas no oeste da Síria, na costa do mediterrâneo e próximas à fronteira norte do Líbano.
A tomada dessas cidades ocorre paralelamente à ofensiva israelense contra a Síria, através da qual as forças israelenses de ocupação capturaram o território sírio das Colinas do Golã e várias outras cidades no sudoeste do país na fronteira com o Líbano, incluindo Qatana, localizada a cerca de 20 km de Damasco. Acompanhando a ofensiva terrestre sionista, as forças de ocupação já bombardearam o país quase 500 vezes desde a queda de Bashar al-Assad, e, segundo informação dos sionistas, teriam destruído 80% da capacidade de militar que pertencia ao Exército Árabe Sírio.
O atual líder de fato da Síria, Abu Muhammad al-Jolani, líder do HTS, teria declarado que “a Síria não entrará em uma nova guerra [com ‘Israel’]. O país não está pronto para outra guerra. As maiores preocupações [de ‘Israel’ e da Síria] eram o Hesbolá, as milícias apoiadas pelo Irã na Síria, e o regime [de Bashar al-Assad]”.