Os banqueiros imperialistas em solo brasileiro do Santander apresentaram o seu demonstrativo financeiro referente ao 1º trimestre de 2024.
O Santander Brasil que, até 2022 ocupou o posto de maior gerador de lucro do banco, em 2023 passou a ocupar o segundo lugar com um lucro líquido de €1,921 bilhão, ficando atrás apenas do banco na Espanha, que obteve um lucro líquido de €2,371 bilhões.
Mas, tudo indica que neste ano de 2024, o banco passará a ocupar, novamente, o primeiro lugar no ranking de lucro do banco. Isso porque, somente no primeiro trimestre de 2024, o lucro do banco teve um aumento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023, no valor de R$3,021 bilhões, alta de 37,1% no trimestre anterior. Segundo a informação do próprio banco, “o lucro do 1º trimestre de 2024 na unidade brasileira do banco representou 19,7% do lucro global, que foi de €2,852 bilhões, com alta de 19,6% em doze meses”. (Site Santander.com.br/ri/resultados)
Olhando mais de perto as demonstrações financeiras do banco é a confrontação das rubricas de receitas com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias x as despesas de pessoal mais PLR (Participação de Lucros e Resultados). As receitas com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias aumentaram 14,2% em doze meses, totalizando R$5,4 bilhões, enquanto as despesas de pessoal mais PLR aumentaram 10,1% no período, somando R$3,1 bilhões. No 1º trimestre a cobertura das receitas de serviços e tarifas cobriu a folha de pagamento em 175,4%.
Os números relativos aos lucros dos banqueiros no Brasil impressionam. Enquanto esse setor da economia – o mais parasitário – fatura os tubos, por outro lado, vemos esse quadro de gigantesca contradição, onde a população em geral é obrigada a pagar a cada vez mais valores absurdos referente às tarifas extorsivas e, os trabalhadores bancários a cada dia são mais escravizados sofrendo com a falta de pessoal, salários arrochados, demissão em massa, terceirização, assédio moral como forma de pressão para venda de produtos, etc.
Os bancários já preparam a organização da campanha salarial, cuja data base é no mês de setembro, e nesse sentido, os trabalhadores e suas organizações, não devem aceitar a política do aprofundamento dos ataques dos banqueiros onde meia dúzia de parasitas capitalistas lucram às custas da miséria de dezena de milhares de trabalhadores. As direções sindicais dos bancários devem se espelhar nos movimentos grevistas que estão acontecendo neste momento (Servidores Públicos e da Educação) que estão indo às ruas na luta pelas suas reivindicações. Somente a mobilização dos trabalhadores poderá barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros sanguessugas.