A categoria bancária tem todas as razões para estar presente, massivamente, nas ruas nesse 1º de Maio, contra a ofensiva reacionária dos banqueiros.
Os trabalhadores do Ramo Financeiro estão comendo o pão que o diabo amassou nas mãos desses sanguessugas financeiros que lucram todos os anos bilhões de reais às custas da miséria dos trabalhadores e da população em geral. A categoria vem sofrendo sistematicamente devido à política dos banqueiros de arrocho salarial, demissão em massa, terceirização, assédio moral, adoecimento por motivos laborais, privatizações, ataques aos fundos de pensões e os planos de saúde. Ou seja, um gigantesco aprofundamento dos ataques às suas já precárias condições de vida.
Por outro lado, a não participação dos bancários no ato de 1º de Maio de Brasília tem uma explicação. A disposição da categoria (e não pode haver dúvida disso, os bancários sempre foram ponta de lança das mobilizações da classe trabalhadora) está em contradição com a maioria das entidades sindicais, que não levantaram uma unha sequer no sentido de convocar a categoria para o ato, sendo que essa data é a mais importante data da classe trabalhadora internacionalmente. O que se percebe é que os dirigentes sindicais estão preocupados com questões secundárias, como, por exemplo, as que dizem respeito ao assistencialismo, sendo que as reivindicações mais importantes, como os atos do 1º de Maio, são deixados de lado.
As organizações de luta dos trabalhadores são os instrumentos da classe trabalhadora em sua luta contra a burguesia. Em uma crise como essa que o imperialismo está passando, fica evidente o dolo muito maior da burguesia aos trabalhadores e, nesse sentido, só resta uma saída coletiva: a unidade da classe trabalhadora e a utilização das suas ferramentas tradicionais de luta que são as mobilizações de rua. Os partidos políticos e os sindicatos deveria, assim, como os servidores públicos e da educação, estar na vanguarda dessa batalha, realizando amplas campanhas de mobilização para organizar uma luta efetiva contra a burguesia.