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Europa

Lobby israelense ataca o movimento pró-Palestina na Alemanha

O Congresso da Palestina em Berlim está sendo atacado pela imprensa e pelo próprio governo imperialista da Alemanha

Logo após o dia 7 de outubro, dia do lançamento da operação Dilúvio de Al Aqsa, vários países imperialistas no mundo, prevendo a ampliação do genocídio em curso na Faixa de Gaza pelos israelenses e a insatisfação popular em defesa dos palestinos, proibiram manifestação contra “Israel”. Alemanha e França foram os primeiros já no dia 10 de outubro, incluindo até mesmo portar bandeira da Palestina. No entanto, a população não se rendeu e aconteceram várias mobilizações, inclusive com intenso confronto com a polícia.

Mostrando claramente que apoia todo o extermínio do povo palestino em Gaza, o governo alemão tem trabalhado para que atos e atividades em defesa dos palestinos não ocorram principalmente na capital Berlim. Segundo a emissora libanesa Al Mayadeen, está previsto para acontecer na capital alemã entre os dias 12 a 14 de abril o Congresso da Palestina. A lista de palestrantes planejados para o primeiro evento deste tipo na Alemanha inclui o ex-ministro das Finanças grego, Yannis Varoufakis, a advogada de direitos humanos palestino-americana, Noura Erakat e Ali Abunimah, da Intifada Eletrônica, entre outros.

Organizado por ativistas palestinos e judeus, o evento de três dias sob o lema “Nós acusamos!”, contará com discursos, painéis e oficinas destinados a formular o que os organizadores chamam de “etapas práticas para ações” contra o apartheid de “Israel”. O evento está sendo alvo da repressão do governo alemão a mando do sionismo.

Políticos locais e órgãos de imprensa que defendem abertamente os crimes do Estado fictício de “Israel” contra os palestinos estão caluniando abertamente o evento como sendo uma movimentação antissemita. Estão sendo publicados artigos pela imprensa pró-imperialista e até mesmo veículos de comunicação de setores ditos de esquerda para difamar o Congresso na tentativa de cancelá-lo.

Segundo a Al Mayadeen, o sionista Der Tagesspiegel tem publicando manchetes falsas e exageradas como “ Os antissemitas de todo o mundo querem reunir-se em Berlim: as autoridades consideram proibir o congresso dos que odeiam Israel”. Um dos oradores do evento, o renomado cirurgião britânico-palestiniano Ghassan Abu-Sittah, que denunciou em várias oportunidades o assassinato de crianças, mulheres e civis na faixa de Gaza, está sendo taxado como alguém que “disseminou a narrativa anti-semita de um Israel assassino de crianças”.

Segundo o grupo anti-sionista Jüdische Stimme, um dos principais organizadores do Congresso Palestino, estas tentativas de cancelar o evento são inúteis porque as entidades envolvidas na organização do evento são “independentes da política”. E aponta que os sionistas da Alemanha no governo e na imprensa podem gritar: “Anti-semitismo! Mesmo assim eles não terão sucesso, pois continuam a travar uma batalha perdida.

O grupo também expõe os dados de financiamento do governo alemão a “Israel” em que apenas no ano de 2023 foram de 326,5 milhões de euros, segundo os últimos números publicados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI). É claro que essa cifra pode ter multiplicado em várias vezes nos últimos três meses do genocídio, que já completou 6 meses e já deixou um rastro de mais 35 mil mortes e mais de 70 mil feridos, em sua maior parte mulheres e crianças.

Como aparentemente essas tentativas de barrar o Congresso estão fracassando, o lobby israelenses formalizou outros meios de tentar cancelar o evento. O Berliner Sparkasse, um grande banco em termos de número de clientes, congelou a conta de Jüdische Stimme que estava sendo utilizado para a venda de ingressos relacionados ao congresso, dando ao grupo um ultimato de onze dias para apresentar os documentos solicitados, entre outros uma lista com os nomes e endereços de todos os seus membros.

O grupo pró-palestina, em comunicado à imprensa, afirmou que o pedido do banco é uma estratégia já conhecida de perseguição a ataque ao grupo para tentar sufocá-lo financeiramente como já aconteceu em outras épocas. “O Jüdische Stimme conhece bem esta forma de perseguição política: em 2019, a sua conta num banco diferente foi encerrada devido à pressão do Conselho Central dos Judeus na Alemanha (ZdJ), um influente grupo de lobby pró-“Israel””.

Anteriormente, um outro evento que seria em apoio ao Congresso da Palestina foi cancelado pelo anfitrião devido à pressão das autoridades alemãs. No entanto, o acontecimento do evento segue como o planejado “e que irá acontecer mesmo com toda essa criminalização”. “Juntos, de 12 a 14 de Abril, denunciaremos o governo alemão pela sua cumplicidade no genocídio em Gaza, bem como pelo seu racismo e restrição da liberdade democrática e direitos em casa.” Afirma um comunicado à imprensa do Congresso da Palestina  

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