No último domingo (31/12), Kim Jong-un, presidente da Coreia do Norte, deu um grande discurso durante o último encontro da 9ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central da União do Partido dos Trabalhadores.
Segundo informações da emissora estatal do país, a KCNA, durante sua fala, o presidente norte-coreano pediu para que seus militares se preparem para uma eventual guerra contra a Coreia do Sul. O conflito poderia “eclodir a qualquer momento”, disse.
De acordo com Jong-un, o número de exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão duplicou em 2023 quando comparado a 2022.
“Isso mostra claramente que os EUA visam o confronto militar com a Coreia do Norte a qualquer custo e estão cada vez mais desesperadamente empenhados nos preparativos para isso”, afirmou. O líder norte-coreano também chamou os militares norte-americanos de “gângsteres” e os sul-coreanos de “fantoches”.
Denunciando a escalada da crise na região, ele afirmou que a ação do imperialismo “agrava” a situação na península coreana, destacando a iminência de um conflito: “A palavra ‘guerra’ já se aproxima da gente como algo real, não mais como um conceito abstrato”, disse.
Ao orientar as suas tropas, o presidente norte-coreano disse que o exército deve “vigiar e controlar rigorosamente” a situação da península, tomando medidas para assegurar a segurança da Coreia do Norte. Durante o evento, ele apresentou planos para lançar três satélites espiões militares em 2024.
O discurso de Kim mostrou uma mudança na postura do país asiático em relação à Coreia do Sul. Segundo o líder, o processo de reunificação “nunca poderá ser alcançado” porque o governo sul-coreano quer “absorver” a Coreia do Norte e “destruir o sistema social e o regime” do país.
“Não devemos cometer novamente o erro de vê-los como um parceiro para a reconciliação e a unificação, já que a Coreia do Sul nos declarou o seu principal inimigo”, disse.