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Marinha

João Cândido, um herói nacional

Comandantes da Marinha assumem caráter fascista e se recusam a homenagear um herói do povo

A recusa em homenagear João Cândido, líder da histórica Revolta da Chibata, mostra um cenário perturbador dentro da Marinha brasileira, expondo a negação da história e da memória de um herói nacional. Em um momento em que setores da esquerda tendem a utilizar-se do identitarismo para atacar diversos heróis e símbolos nacionais, a resistência dos comandantes da Marinha em celebrar o legado de João Cândido destaca-se como um ato que reforça o fascismo das Forças Armadas.

O legado de João Cândido, também conhecido como “Almirante Negro”, ultrapassa as fronteiras da Marinha e atinge o patamar de um símbolo de resistência e luta por direitos democráticos. Sua coragem em liderar uma rebelião contra os abusos e castigos desumanos dentro da instituição marcou um ponto crucial na história do Brasil, contribuindo significativamente para as lutas pelos direitos dos trabalhadores. No entanto, a sabotagem de dentro da Marinha em reconhecer sua contribuição e incluí-lo no panteão dos heróis nacionais é um grave afronte ao povo brasileiro.

Em um ofício recente enviado pelo almirante Marcos Olsen à Comissão de Cultura da Câmara, a recusa em apoiar a inclusão de João Cândido no Livro de Heróis da Pátria foi explicitada. Este gesto revela não apenas uma desconexão com a história e os valores fundamentais do país, mas também uma negação da própria identidade da Marinha, que se vê privada de reconhecer e celebrar um de seus membros mais importantes da história.

A resistência dos comandantes da Marinha em homenagear João Cândido reflete uma postura retrógrada e antidemocrática, assumindo um caráter verdadeiramente fascista, que vai de encontro aos interesses de todos os trabalhadores por mais direitos democráticos. A recusa em homenagear João Cândido ignora o impacto profundo que sua liderança teve na transformação da Marinha brasileira. Ao liderar a Revolta da Chibata e abolir os castigos físicos brutais, João Cândido não apenas defendeu os direitos dos marinheiros, mas também lutou por uma mudança cultural significativa dentro da instituição.

Em 1910, Cândido foi um catalisador da insatisfação dos marinheiros com os castigos físicos desumanos e cruéis impostos pelos superiores. Sua coragem e habilidade de liderança, assim como sua defesa da pauta correta no momento correto, o levaram a assumir o comando do navio encouraçado “Minas Geraes”, onde proclamou o fim dos castigos físicos e exigiu melhores condições de trabalho para os marinheiros. Sob sua liderança, o movimento alcançou uma vitória significativa ao abolir os castigos físicos na Marinha brasileira, marcando um momento crucial na luta pelos direitos humanos e na busca por dignidade para os trabalhadores.

Além de sua participação ativa na Revolta da Chibata, João Cândido destacou-se por sua postura firme na defesa dos trabalhadores, baseada em princípios democráticos. Mesmo enfrentando pressões e perseguições após o levante, Cândido permaneceu firme em sua defesa dos direitos dos marinheiros e na busca por justiça dentro da Marinha. João Cândido tornou-se, assim, um símbolo de resistência e coragem, sendo uma referência não apenas para militantes, tampouco só para negros, mas para todos aqueles que lutam por melhores condições e pela defesa dos direitos democráticos.

Essa atitude não apenas solidifica o legado de João Cândido como um herói da Marinha brasileira, mas também o consagra como um símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores, não recuando ante nenhuma perseguição e tortura. João Cândido não apenas merece a gratidão pessoal de seus superiores, mas também o reconhecimento e a admiração de todo o Brasil, pois sua história ecoa como um verdadeiro herói dos trabalhadores brasileiros.

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