Na sexta-feira (15), após mais uma rodada de debates sofre o cessar-fogo falhar, o dirigente do Hamas, Osama Hamdan, se pronunciou sobre o caso. Ele afirmou: “nossa posição é estar ao lado dos interesses do povo palestino. Nossa proposta enfatiza o fim da agressão, a retirada do inimigo e o início das operações de socorro. A ocupação tenta desviar o foco para a questão dos prisioneiros para contornar o fim da agressão. Nosso documento de negociação é realista e demonstrou alta flexibilidade”.
O primeiro-ministro de “Israel” deu sinal negativo ao acordo ao afirmar que as reivindicações do Hamas não são realistas. Sobre isso Hamdan respondeu: “o lado israelense não vê como realista nenhuma proposta realista a não ser a limpeza étnica do povo palestino. Propusemos estados garantidores para o acordo, além de mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos. A ocupação revela suas verdadeiras intenções com a operação em Rafá, que é realizar um genocídio”.
Sobre o que deve acontecer no fim da guerra, frequentemente chamado na imprensa de “dia seguinte” ele afirmou: “o dia seguinte à batalha de Gaza é distintamente palestino, e não é permitido à ocupação ou a seus patrocinadores interferir nele. Estamos fazendo todo esforço possível e negociando com todas as partes para evitar um ataque a Rafá”.
E concluiu seus argumentos: “qualquer pessoa que concorde em ser agente da ocupação na questão do dia seguinte em Gaza deve arcar com as consequências de sua escolha. A troca de prisioneiros deve ocorrer, mas não às custas das questões centrais, sendo a mais importante delas o fim da agressão”.