Distrito Federal

Greve dos técnicos educacionais contra a privatização das IFES

Trabalhadores precisam se mobilizar para vencer o reacionário Congresso Nacional e pressionar o presidente Lula para atender a classe que o elegeu

O governo Lula é um governo emparedado e está sendo coagido pelo Congresso Nacional a não ter maneiras de executar os projetos e programas de governo para o qual foi eleito. A única força capaz de mudar isso é a ação dos trabalhadores, por meio de greves e mobilizações nas ruas, contra essa política de pilhagem nacional feita pelos inimigos do povo no Congresso.

A greve dos Técnicos Administrativos em Educação Superior (TAES) está na ordem do dia, sendo convocada pelos seguintes objetivos:

  • Reestruturação da carreira (contra a corrosão de 70% dos salários desde 2005)
  • Reajuste salarial (salários corroídos em mais de 50% devido ao não reajuste inflacionário)
  • Pelas 30 horas na lei do PCCTAE
  • Por mais concursos para recompor quadros aposentados e exonerados
  • Pelo fim do processo de terceirização dentro das universidades, pela contratação direta de todos os serviços aqui prestados.
  • Pelo fim do processo de privatização das universidades ao qual somos ameaçados pela iniciativa privada em associação com gestores públicos e congresso nacional. Por uma universidade autônoma, pública e gratuita para todos.

A Greve Nacional dos TAES e a UnB

No dia 11 de março, foi realizada uma assembleia com mais 350 servidores, quando foi decidido os membros do comando nacional e local de greve. Grupos como Travessia e TAES na Luta, vinculados respectivamente ao PSOL e ao PCdoB, forçaram um racha na categoria. Já a direção do Sindicato composta por forças políticas do PT e um membro do PCO fizeram chapa alternativa a representação da categoria do DF na participação nacional na luta pela reestruturação da carreira.

A categoria de técnicos especificamente na UnB já atravessa na região sua segunda greve em prol de salários. A primeira no ano de 2023 foi contra a decisão monocrática do “vaidoso ministro” Gilmar Mendes, decisão essa que foi revertida com a greve massiva dos servidores colocando a decisão para ser tratada de forma colegiada. Nada garantido até então, mas apenas refreado a decisão de diminuir 26,05% dos salários dos servidores. Agora em 2024 a greve nacional encabeçada pela Fasubra é deflagrada com grande descontentamento da categoria pela falta de negociação da carreira com o governo federal.

A mesa de negociação permanente foi criada no dia em 4 de setembro de 2023 pelo governo federal, mas tem se mostrado um fracasso devido à falta de ações do governo, que não apresentou uma proposta e sequer leu a apresentada pela categoria. Passados quase seis meses, a categoria, já radicalizada, deflagra greve para, em greve, negociar vencimentos há 20 anos sendo corroídos. Uma redução de 76% do salário dos servidores quando comparados com o salário mínimo das categorias de nível D.

O divisionismo e o racha da categoria

Esses mesmos grupos, Travessia, TAES na luta e MLC, travam nacionalmente a composição da Fasubra uma discussão política por salários, no entanto em contrapartida nos diversos diversos sindicatos fazem a divisão da categoria para ganhar força para rachar a Fasubra. Política típica dos grupos sectários da esquerda pequeno burguesa é deixar a categoria calma sem agitação política, são contrários a greve nos bastidores e trabalham para o fim dela, mas nas assembleias se mostram grandes “lutadores”. São os primeiros a afinar quando o caldo engrossa, são os primeiros a capitular da greve e fazer discurso de panos quentes para a categoria. 

Os trabalhadores precisam estar atentos aos golpes e as contradições apresentadas na assembleia por esses grupelhos. A exemplo da votação do fundo de greve, o movimento Travessia se mostrou no discurso favorável ao desconto do fundo de greve, mas votou contra o desconto. Esse mesmo grupo, na reunião de conselheiros, fez discurso em coro contra a greve, dizendo que não era o “time” para iniciar uma mobilização. Fazem todo uma propaganda de novos métodos de luta, que, na prática, não se aplicam a ninguém, mas principalmente não se aplica a nossa categoria que é a bola da vez da privatização e terceirização da mão de obra.

Que fazer?

A categoria precisa estar atenta aos golpistas da assembleia. Precisa de movimento nacional de reformulação da Fasubra em Sindicato Nacional. A etapa da luta é por unidade nacional contra o desmonte da educação tramitado no Congresso, contra a reforma administrativa e contra o interesse privado na educação, que pilha e sabota o desenvolvimento educacional, e tecnológico do País. Por unidade nacional de luta contra os inimigos dos trabalhadores.

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