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Coluna

Ghassan Kanafani: ‘O diálogo entre a espada e o pescoço’

Escritor, jornalista e militante palestino, em entrevista, Kanafani expressa sua inteligência e a determinação em defesa da luta Palestina

Ghassan Kanafani foi um escritor, jornalista e militante palestino. Nascido em 1936 em Acre, na Palestina, que na época estava sob o domínio britânico e mais tarde passou para Israel. Kanafani é mais conhecido por suas obras literárias que retratam a vida dos palestinos sob ocupação israelense e sua luta por independência.

Mas Kanafani foi um membro ativo muito importante do movimento de resistência palestino. Um dos criadores e porta-voz da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), uma organização política e militar palestina. Seus escritos e discursos frequentemente abordavam questões relacionadas à luta do povo palestino e à necessidade de resistência contra a ocupação israelense.

Infelizmente, a vida de Kanafani foi tragicamente interrompida quando ele foi assassinado em 1972 em um atentado à bomba perpetrado pelo Mossad, o serviço de inteligência de Israel. Sua morte prematura privou o mundo de sua voz eloquente e de suas contribuições significativas para a literatura e para a causa palestina. No entanto, seu legado continua vivo em suas obras literárias e de sua influência duradoura no movimento de libertação palestino.

Veja abaixo um trecho de uma entrevista:

 


Entrevistador: Parece que a guerra civil tem sido bastante infrutífera.
Ghassan Kanafani: Não é uma guerra civil, é um povo defendendo-se contra um governo fascista, que você está defendendo. Não é uma guerra civil, é um movimento de libertação lutando por justiça.
Entrevistador: Bem, seja lá como for melhor chamado.
Ghassan Kanafani: Não é “seja lá como for”, porque aqui é onde o problema começa. Este é um povo que está sendo discriminado, lutando por seus direitos. Esta é uma história.
Ghassan Kanafani: Por que sua organização não se envolve em negociações de paz com os israelenses?
Entrevistador: Você não quer dizer exatamente negociações de paz, você quer dizer capitulação, rendição.
Ghassan Kanafani: Por que não apenas conversar?
Ghassan Kanafani: Conversar com quem?
Entrevistador: Conversar com os líderes israelenses
Ghassan Kanafani: Isso é uma espécie de conversa entre a espada e o pescoço, quer dizer.
Entrevistador: Bem, se não houvesse espadas e armas na sala, você ainda poderia conversar.
Ghassan Kanafani Não, eu nunca vi uma conversa entre um caso colonialista e um movimento de libertação nacional.
Entrevistador: Mas apesar disso, por que não conversar?
Ghassan Kanafani: Conversar sobre o quê?
Entrevistador: Conversar sobre a possibilidade de não lutar.
Ghassan Kanafani: Não lutar por quê?
Entrevistador: Não lutar de jeito nenhum.
Ghassan Kanafani: Sim, as pessoas geralmente lutam por algo e param de lutar por algo. Então você não pode me dizer nem por que deveríamos falar sobre o quê. Bem, parar de lutar para quê? Ou falar sobre parar de lutar.
Entrevistador: Falei para parar de lutar, para parar com a morte e a miséria, a destruição, a dor.
Ghassan Kanafani: A miséria e a destruição, a dor e a morte de quem?
Entrevistador: Dos palestinos, dos israelenses, dos árabes
Ghassan Kanafani: Do povo palestino que é arrancado, jogado nos campos, vivendo na fome, mortos por 20 anos e proibidos de usar até mesmo o nome “palestinos”.
Entrevistador: Eles estão melhor assim do que mortos.
Ghassan Kanafani: Talvez para você, mas para nós não, para nós é para libertar nosso país, para ter dignidade

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