De acordo com a polícia federal norte-americana, o FBI, o ex-presidente e atual candidato Donald Trump sofreu uma “aparente tentativa de assassinato” em seu clube de golfe em West Palm Beach, Flórida, nesse domingo (15). O suposto atentado ocorreu apenas nove semanas depois de o candidato republicano ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato durante um comício.
Segundo o xerife do condado de Palm Beach, Ric Bradshaw, agentes do Serviço Secreto, posicionados próximo do local onde Trump estava jogando golfe, notaram a ponta de um rifle estilo AK saindo pela vegetação que contorna o campo, a cerca de 400 metros de distância. Um agente teria disparado, fazendo-o largar o rifle e fugir em um carro, deixando a arma para trás junto com duas mochilas, uma mira usada para apontar e uma câmera GoPro. A polícia acabou prendendo o homem.
Em um e-mail para apoiadores, Trump disse: “Houve tiros na minha proximidade, mas antes que os rumores comecem a sair de controle, eu queria que vocês ouvissem isso primeiro: ESTOU SEGURO E BEM!” Ele escreveu: “Nada vai me parar. Eu NUNCA VOU ME RENDER!”
Em 13 de julho, Trump foi baleado durante um comício em Butler, na Pensilvânia. Uma bala atingiu sua orelha, gerando grande apreensão entre seus apoiadores. Nos dias seguintes, uma série de declarações revelaram a negligência do Serviço Secreto para com a segurança do candidato.
Favorito para vencer as eleições e visto como um perigo por aqueles que controlam o regime político norte-americano, Donald Trump escapou por pouco. A operação, contudo, que serviria para retirar do caminho uma figura que estaria atrapalhando os planos do imperialismo para intensificar a sua política de guerra, acabou fortalecendo ainda mais o ex-presidente.
A tentativa de assassinato pode ter sido uma espécie de última tentativa do Partido Democrata de manter a impopular candidatura de Joe Biden. Afinal, com Trump como candidato, Biden, cada vez mais odiado pelo seu apoio a “Israel”, não teria chances de se reeleger. Não é à toa que, oito dias depois, o presidente democrata Joe Biden retirou-se da corrida, abrindo caminho para a vice-presidente Kamala Harris se tornar a candidata do partido.
A suposta nova tentativa de assassinato ocorre, uma vez mais, em meio a importantes acontecimentos na disputa eleitoral norte-americana. Há menos de uma semana, ocorreu o debate entre Trump e a democrata Kamala Harris. A imprensa apontava aquele debate como a grande chance de os democratas “virarem o jogo”. Afinal, diante da atual crise do governo, o Partido Democrata precisa praticamente de um milagre para conseguir derrotar Trump.
O debate não foi esse milagre. Pelo contrário: por mais que a imprensa tenha elogiado muito a participação de Harris, o evento não foi, nem de longe, suficiente para que ela diminuísse a vantagem de Donald Trump.