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Oriente Médio

Ex-ministra israelense admite: acusar de antissemitismo é truque

Em entrevista concedida no ano de 2002, Shulamit Aloni explicou como o holocausto é utilizado para justificar as ações genocidas da entidade sionista

Em entrevista concedida no ano de 2002, Shulamit Aloni, ex-ministra da Educação e Comunicações de “Israel”, revelou como a entidade sionista utiliza a acusação de “antissemitismo” como arma contra os seus adversários. Filha de imigrantes poloneses, Shulamit Aloni chegou a ser integrante da Palmach, uma espécie de tropa de elite da Haganá, uma das principais milícias sionistas encarregadas do processo de limpeza étnica da Palestina.

Em 1959, Shulamit Aloni se filiou ao Mapai, partido que dirigiu a entidade sionista durante suas primeiras décadas. A ex-ministra morreu no ano de 2014, aos 85 anos de idade.

Na fala em que a sionista “abre o jogo”, ela é confrontada com a seguinte questão por sua entrevistadora: “sempre que há críticas expressas nos Estados Unidos contra a política do governo israelense, as pessoas aqui são chamadas de ‘antissemitas’. Qual é a sua resposta a isso, enquanto judeu-israelense?“.

Shulamit Aloni, então, foi direto ao ponto: “isso é um truque”. Isso mesmo: uma ex-ministra da entidade sionista, que inclusive pegou em armas contra os palestinos durante os primeiros anos de “Israel”, admitiu, ao vivo, que aquilo que faz a Rede Globo, The New York Times, Joe Biden, Benjamin Netaniahu e todos os que acusam os defensores da causa palestina de “antissemitas” não estão fazendo mais que um truque.

Shulamit Aloni, no entanto, deu mais detalhes: “sempre usamos a acusação de antissemitismo quando alguém da Europa critica ‘Israel’. E também trazemos à tona o Holocausto […] É muito fácil culpas as pessoas que criticam certos atos do governo israelense como antissemitas e trazer à tona o Holocausto e o sofrimento do povo judeu. E é isso que justifica tudo o que fazemos contra os palestinos“.

O depoimento é incontestável. Trata-se de alguém que fez parte, diretamente, do próprio aparato do Estado sionista. Alguém, inclusive, que foi ministra da Educação – pasta que frequentemente está ligada à propaganda. A propaganda israelense é, por sua vez, a forma que “Israel” utiliza para difundir suas mentiras e tentar acuar os seus adversários.

Em sua entrevista, Shulamit Aloni também confessou que os sionistas “têm muito dinheiro” e que “os laços entre ‘Israel’ e o establishment judaico são muito fortes”. “Eles são fortes nos Estados Unidos”, continuou. “Eles são pessoas talentosas e têm poder, dinheiro, mídia e outras coisas. E a atitude deles é ‘Israel’ é meu país, estando certo ou errado. E eles não estão prontos para ouvir críticas“.

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