Iraque, Síria e Iêmen

EUA bombardeiam 3 países no Oriente Médio na mesma semana

Resistência do Iraque em retalaiação aos EUA atacou novamente bases norte-americanas, já foram mais de 160 ataques desde outubro de 2023

Na última semana, o imperialismo dos EUA ampliou suas ações militares no Oriente Médio. Além de manter o apoio total ao genocídio na Faixa de Gaza, o governo Joe Biden bombardeou em mais de uma ocasião o Iêmen na noite de sexta-feira (2) bombardeou tanto a Síria quanto o Iraque. O imperialismo assim participa de 4 guerras ao mesmo tempo, no Oriente Médio, todas elas interligadas e em todas elas ele é a força que está perdendo política e militarmente.

No sábado (03) a Resistência Islâmica do Iraque anunciou ataque à base do exército norte-americano de Harir, em Erbil, no norte do Iraque. Segundo o comunicado oficial do grupo, o ataque foi realizado com drones e é uma resposta tanto à continuidade da ocupação dos Estados Unidos no país, quanto aos ataques que “Israel” continua perpetrando contra a Faixa de Gaza. Segue abaixo o comunicado oficial da Resistência Islâmica:

“Na continuação do nosso caminho de resistência às forças de ocupação americanas no Iraque e na região, e em resposta aos massacres cometidos pela entidade sionista contra o nosso povo em Gaza, hoje, sábado, 3/2/2024, os combatentes da Resistência Islâmica no Iraque atacaram a base de ocupação americana Harir em Erbil, norte do Iraque, usando drones.”

A resistência é uma coalização de quatro grupos armados xiitas, quais sejam, o Cataebe Hesbolá, o Haracata Hesbolá al-Nujaba, o Asa’ib Ahl al-Haq, o Cataebe Said al-Shuada, organizações que tem um grande apoio do Irã, e que compõem o chamado Eixo de Resistência que atualmente luta em defesa do povo palestino, o qual também é composto pelo Hesbolá e pelos Ansar Alá (comumente chamado de Hutis), partido este que governa o Iêmen.

O ataque é uma resposta ao recente ataque perpetrado pelos Estados Unidos contra o Iraque e a Síria, no último dia 02, ataque no qual foram assassinadas 16 pessoas, dentre as quais civis. O ataque resultou também em um número de 25 feridos. Quando deste ataque dos EUA, o gabinete do primeiro-ministro iraquiano Mohamed Shia al-Sudani publicou declaração denunciando a presença de bases norte-americanas no país, dizendo que a presença imperialista tornou-se uma razão para ameaçar a segurança e a estabilidade no Iraque e uma justificação para envolver o Iraque em conflitos regionais e internacionais.

Ao anunciar sua resposta militar, a Resistência Islâmica disse que seguirá atacando “os redutos dos inimigos”. Além disto, o Irã condenou os novos ataques dos EUA, dizendo ser um erro estratégico por parte do imperialismo. Segundo declaração do Ministério das Relações Exteriores do Irã, os ataques são uma “violação da soberania e da integridade territorial do Iraque e da Síria, do direito internacional e uma clara violação da Carta das Nações Unidas”. O ministro também afirmou que isso servirá para aprofundar a crise que já existe no Oriente Médio, desestabilizando a região, e fazendo o conflito se generalizar: “a continuação de tais aventuras é uma ameaça à paz e segurança regional e internacional.”

Ademais, denunciou que a ação norte-americana contra o território sírio e iraquiano é feita em apoio ao sionismo: “Os ataques apenas apoiam os objetivos do regime sionista. Tais ataques envolvem cada vez mais o governo dos EUA na região e ofuscam os crimes do regime sionista em Gaza”. E ainda expandiu a explicação a respeito da origem da crise da atual escalada no conflito entre a Resistência Islâmica e a coalizão imperialista liderada pelos EUA: “as raízes da tensão e da crise na região remontam à ocupação pelo regime israelita e à continuação das operações militares deste regime em Gaza e ao genocídio dos palestinianos com o apoio ilimitado dos EUA”.

Resumindo, esses eventos recentes mostram que o imperialismo segue perdendo seu controle sobre o todo o Oriente Médio. Neste caso específico, sobre o Iraque, o qual, após décadas de ocupação, começa a finalmente se libertar por completo dos Estados Unidos, tornando inviável a manutenção das bases militares imperialistas.

Quando isto ocorrer, será uma derrota não só ao imperialismo, mas também ao Estado de “Israel”, pois conforme afirmado pela Resistência Islâmica e pelo Irã, há um vínculo direto entre a ocupação dos EUA e o genocídio que os sionistas seguem cometendo contra os palestinos, sejam em Gaza, seja na Cisjordânia. Assim, os Estados Unidos, ao sustentar o massacre sionista contra os palestinos, está gerando um gigantesco levante anti-imperialista no Oriente Médio.

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