Uma matéria publicada originalmente pelo Geopolitical Economic Report, assinada pelo jornalista independente Ben Norton, republicada pelo Brasil 247, mostra que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou 25 leis anti-China em apenas uma semana, durante o mês de setembro. As leis ainda devem passar pelo Senado e assinada pelo Presidente.
A crise do imperialismo tem levado o governo norte-americano a medidas desesperadas. Não é de hoje que ataques de lideranças dos EUA, como por exemplo, Antony Blinken (democrata) e Mike Pompeo (republicano), que fizeram discursos específicos para demonizar a China.
“O agressivo Comitê Seletivo da Câmara sobre o Partido Comunista Chinês referiu-se a esses dias como a “Semana da China”, se vangloriando de que grande parte da legislação teve apoio “esmagadoramente bipartidário”, aponta a matéria de Norton.
As medidas aprovadas contra a China tendem a fortalecer órgãos institucionais e ONGs ligadas diretamente ao departamento de Estado dos EUA, especialistas em fomentar revoluções coloridas e golpes de Estado em países oprimidos do mundo todo. Outro ponto é tentativo de controle econômico, barrando e aumentando impostos contra produtos chineses, como os carros elétricos por exemplo.
“Entre as leis aprovadas durante a ‘Semana da China’ estava a ‘Lei de Autorização do Fundo de Combate à Influência Maligna da RPC’, que destinaria US$ 1,63 bilhão ao Departamento de Estado e à USAID ao longo de cinco anos (US$ 325 milhões por ano, de 2023 a 2027) para financiar organizações que promovem propaganda anti-China em todo o mundo”, afirma o articulista, acrescentando que:
“O think-tank anti-intervencionista Quincy Institute for Responsible Statecraft observou que esse financiamento massivo para propaganda anti-China seria aproximadamente o dobro das despesas operacionais anuais da CNN.”
Outra lei aprovada, é a “Lei de Fim da Dominância Chinesa de Veículos Elétricos nos EUA”, responsável por tratar os veículos elétricos chineses como uma ameaça e propondo restrições. O presidente norte-americano, Joe Biden anunciou tarifas de 100% sobre veículos elétricos chineses, mesmo que nos últimos cinco anos o número desses carros importados ao EUA representa ínfimos 2%.
Outras legislações aprovadas na “Semana da China” visam produtos como drones, baterias, biotecnologia, modems e roteadores, infraestrutura de telecomunicações e veículos de comunicação. “A Câmara também aprovou leis que bloqueiam a cooperação científica com a China e proíbem a venda de terras agrícolas dos EUA para nacionais da China, Rússia, Irã e Coreia do Norte”, esclarece Norton.
Toda essa ofensiva e ataque deixa claro que o imperialismo prepara uma guerra de grandes proporções contra as nações rebeldes, principalmente China e Rússia. Outra situação que mostra que esse plano dos EUA está em marcha é a censura e o bloqueio de toda a imprensa, meios de comunicação e plataformas de redes sociais. O caso de bloqueio e perseguição a RT, órgão da imprensa russa, é bastante significativo.
Sendo assim é possível chegar a conclusão de que o imperialismo mesmo em crise, não está disposto a largar mão do seu domínio mundial. A princípio, eles tentam assediar e intimidar possíveis aliados dos chineses e russos, mas podem partir para o tudo ou nada caso essa atual política não de resultado.