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Indústria de defesa

Direção do Banco do Brasil em desacordo com a soberania nacional

O Banco do Brasil, como empresa pública que é, deveria ser a linha de frente na defesa da soberania nacional

A direção do Banco do Brasil, no último dia 29 de janeiro, enviou um comunicado a empresas de defesa para informar que, a partir desse dia, “não usará mais capital próprio para fazer negócios com elas”. Caberá ao governo destinar recursos para, por exemplo, garantir exportações”. (Site Defesa Aérea & Naval 30/01/2024)

O Banco do Brasil, como empresa pública que é, deveria ser a linha de frente na defesa da soberania nacional, ou seja, das empresas nacionais. Essa política é um tiro no próprio pé e fere, inclusive, os interesses de um banco público contra a sua própria privatização. 

Sendo assim, a determinação do Banco do Brasil vai no sentido oposto, de aprofundar a política de liquidação da indústria nacional, pior ainda, quando o assunto diz respeito à defesa da soberania nacional. 

A determinação do banco é como, por exemplo, favorecer a campanha que o imperialismo está fazendo com relação à Petrobras na tentativa da sua privatização, ou seja, entregar um setor energético, estratégico para o País, nas mãos dos seus opressores.

Segundo os órgãos de informação de defesa brasileiro, o próprio governo Lula foi pego de surpresa com a notícia, e os impactos negativos são gigantescos. Empresas nacionais serão profundamente afetadas que podem, inclusive, vir a ser fechadas, como a Mac Jee, CBC, Mectron e a Avibrás. Em nota, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) diz que “busca soluções que assegurem a manutenção e o fortalecimento da indústria brasileira”, e completa:  “trata-se de um setor estratégico para a soberania nacional e que está contemplado em uma das missões da nova política industrial lançada nesta semana pelo governo”. (Idem)

Com essa determinação em não utilizar o seu capital próprio para fazer negócios com o setor de defesa, a direção do Banco do Brasil se coloca em defesa dos interesses dos países imperialistas, principalmente na questão estratégica de soberania nacional. Vale lembrar, como já aconteceu em vários ramos da indústria nacional, os países imperialistas, principalmente o norte-americano, que vê o Brasil e os países da América Latina como suas colônias, tentam a todo o custo inviabilizar o desenvolvimento nacional. Assim foi, no caso da indústria ENGESA, uma gigante brasileira da indústria bélica que foi levada a pique pelo governo norte-americano no final da década de 1980. Um caso recente da ingerência, também, da CIA norte-americana foi a operação Lava-Jato, no golpe de Estado de 2016 que, através do estelionato político da “luta” contra a corrupção, destruíram toda a indústria naval brasileira e puseram fim às pesquisas e a fabricação do primeiro submarino de propulsão nuclear com tecnologia brasileira, retomada agora no governo Lula em 2023.

Uma questão que também chama a atenção, é que setores da esquerda defendem essa política, seguindo à reboque da burguesia.

Segundo matéria publicada no site do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, o seu diretor, Júlio César Castro, “defendeu a iniciativa”. Para ele “O Banco do Brasil tem que manter uma linha política, e não apenas econômica, e não só para o Brasil, mas para o mundo. Se o Brasil é um país pacifista, que, na ONU (Organização das Nações Unidas), vota sempre a favor da paz, sendo um mediador nos conflitos, não pode fomentar o comércio absurdo feito para que pessoas matem pessoas”. (Site bancariosrio 30/01/2024)

Trata-se de uma política que só serve aos interesses do imperialismo.

Afinal, vale lembrar o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Se não fosse o braço armado da resistência palestina, os oprimidos daquele país não estariam resistindo aos mais de 75 anos de opressão sionista. 

Da mesma forma, o povo afegão não sairia vitorioso na guerra contra o imperialismo norte-americano se não tivesse travado uma resistência armada de anos, culminando na expulsão do exército imperialista em 2021.

Isso sem falar nos países como a China e Rússia, que mantêm a sua soberania nacional por terem armas nucleares e poderosos exércitos. 

Como diria o ditado: “povo desarmado é um povo escravizado”.

O desenvolvimento de uma indústria bélica nacional é de fundamental importância para a soberania brasileira e a política contrária a isto só serve aos interesses do imperialismo.

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