Segundo informações da emissora CNN Brasil, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) suspendeu o registro de duas médicas que trabalhavam no Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha por seis meses.
Apesar de terem sido denunciadas por negligência e tortura, elas foram suspensas por realizar o aborto em pacientes que tinham, inclusive, autorização judicial. Em outras palavras, foram punidas por realizar um procedimento legal.
A CNN informa, ainda, que a primeira denúncia se refere a um procedimento feito em 2022, mas que foi analisada apenas no início de abril. A outra denúncia é mais recente, e foi analisada pelo plenário do Cremesp na terça-feira (30).
Em nota, a Cremesp afirmou:
“O Cremesp respeita o direito da mulher ao aborto legal em casos de vítimas de crime sexual. Ressaltamos que o Conselho é uma autarquia federal que tem a prerrogativa de fiscalizar o exercício ético da Medicina em qualquer instituição hospitalar no Estado de São Paulo. O Cremesp está apurando os fatos que se encontram em sigilo nos termos da Lei. É lamentável que informações que não correspondem à realidade sejam veiculadas na sociedade.”
O hospital no qual as médicas trabalhavam é o mesmo que foi alvo de ação pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, quando os procedimentos de aborto legal foram suspensos na unidade que, inclusive, é referência na área.