Na quarta-feira (22), advogados da República Democrática do Congo afirmaram que o país está considerando tomar medidas legais contra a Apple se a empresa não responder às perguntas sobre sua cadeia de fornecimento de minerais no país.
Advogados do escritório Amsterdã & Partners LLP, sediado em Washington, e Bourdon & Associes, em Paris, disseram que escreveram à matriz norte-americana da Apple e às suas subsidiárias francesas em 22 de abril, exigindo respostas sobre se a empresa estava obtendo metais para seus produtos de áreas de conflito no leste do Congo.
O prazo de três semanas para a resposta já passou, e o “gigante tecnológico permaneceu em silêncio e não respondeu nem reconheceu o recebimento das perguntas”, afirmou a equipe jurídica em um comunicado.
“A ausência de resposta é uma admissão implícita de que as perguntas que fizemos à Apple eram pertinentes”, disse William Bourdon, um dos advogados.
O Congo é a maior produtora mundial de cobalto, uma componente chave em baterias usadas na maioria dos eletrônicos de consumo, incluindo telefones móveis e veículos elétricos. As empresas imperialistas criaram uma guerra civil na disputa pelo minério do Congo.