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Macron x Trabalhadores

Trabalhadores franceses indicam o caminho a ser seguido

Mobilizações na França tem se radicalizado, fora Macron é palavra de ordem contra a reforma da previdência e o apoio do governo à Ucrânia

Na última quinta-feira (16), o presidente francês, Emmanuel Macron, resolveu passar por cima do parlamento e da opinião popular e aprovou, a toque de caixa, um roubo contra os trabalhadores a pedido dos banqueiros, passando a idade minima de aposentadoria dos cidadãos franceses de 62 para 64 anos. Mesmo com grandes manifestações populares contrarias à medida, Macron ignorou totalmente e a crise tem se ampliado de forma vertiginosa. Neste momento, as mobilizações se radicalizam por completo.

Foto: LOIC VENANCE / AFP/ 16/03

A polícia tem agido de forma violenta, e a repressão tem escalado a fúria da população, que está colocando fogo nas ruas, bloqueando entrada de empresas e entrando em conflito direto com os militares. A extrema-direita tem se aproveitado da crise e joga gasolina na fogueira, de olho nas próximas eleições. Em comunicado oficial, Marine Le Pen repudiou a reforma da previdência, criticou a atitude do atual presidente e pede que os eleitores se lembrem dessa atitude dos congressistas, que foram favoráveis a medida, quando forem votar da próxima vez.

Mobilizações tem se radicalizado

Tendo essas moções de censura sido iniciadas após a ativação de 49-3, todos os deputados que não votaram nelas são  partidários de fato  dessa reforma previdenciária. A própria maioria dos franceses contrários terá a oportunidade de lembrá-los durante as próximas eleições. – comunicado a imprensa de Marine Le Pen

“Estamos diante de um presidente que faz uso de um golpe de Estado permanente”, disse Olivier Faure, líder do Partido Socialista Francês, à imprensa local

Manifestantes entram em conflito direto com a polícia

Nesta quarta-feira (22) o líder francês, Macron, fez um pronunciamento à nação, um dia antes de outra grande mobilização que será nesta quinta-feira (23), afirmando que não vai retroceder e que mudança “seguirá seu caminho”. “Precisamos andar adiante, a reforma está no interesse superior da nação”, completou Macron. Criticando os manifestantes, o presidente francês citou as manifestações no Capitólio e no Brasil no 8 de janeiro. “Não vamos tolerar nenhuma violência. É inaceitável, como foi inaceitável o que aconteceu nos EUA com a invasão do Capitólio e o que se passou no Brasil“, afirmou o presidente francês.

O Ministro do Interior da França anunciou que estava mobilizando 12 mil policiais, para supervisionar a manifestação da próxima quinta-feira (23). Na última terça-feira (21), os policias atacaram a manifestação que acontecia na Praça da República, no centro da capital francesa, com balas de borracha e gás lacrimogênio. Em meio à questão da aposentadoria, têm ocorrido também atos contra o envio de dinheiro do governo para financiar a guerra na Ucrânia, o que tem indignado ainda mais os trabalhadores franceses. Operários estes que também mantém greves em vários locais e fábricas do país.

Em várias empresas nacionais os trabalhadores tem feito bloqueio e paralisação geral

Cerca de 300 pessoas foram detidas na segunda-feira (20) em várias cidades da França, a maioria em Paris. Só na capital francesa foi dada ordem de detenção a 234 manifestantes. Nesta terça-feira (21), há notícias de bloqueios em vários pontos do país, junto a refinarias, com registo de confrontos com a polícia. As ruas estão cheias de lixo por conta da paralisação dos servidores públicos e quase 10% dos postos de combustíveis já reclamam de escassez. A crise também se dá no setor de transporte, apenas 40% dos trens da capital estão funcionando normalmente.

A crise econômica da França e da Europa, de uma forma geral, tem se aprofundado rapidamente por conta das sanções impostas pelo imperialismo contra a Rússia e também pelo corte do fornecimento de gás russo a vários países da região. Os governos que têm sido contrários às reivindicações populares para sustentar os parasitas do mercado financeiro, sofrem baques gigantescos. No continente, os governantes que estão colocando a política neoliberal à frente dos interesses do povo, têm caído com facilidade.

Servidores públicos de várias categorias tem se juntado as paralizações

Toda essa situação deve ser um exemplo para os trabalhadores brasileiros, que precisam fazer o mesmo contra os banqueiros, que impedem o próprio governo de realizar reformas sociais para parasitarem o país. Agora, há uma grande insatisfação entre os setores mais avançados da classe operária com a autonomia do Banco Central e as privatizações realizadas nos últimos anos. Precisamos seguir as mobilizações radicalizadas, como acontece na França, para lutar da mesma forma pela revogação dessas reformas neoliberais, incluindo a da Pevidência e as privatizações.

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