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Geraldo Azevedo

“Tomei muito choque durante muitos dias seguidos”

Em entrevista concedida a Jô Soares em 2009, cantor relatou torturas que sofreu durante a ditadura militar

O dia 31 de março marcou o aniversário de um dos maiores crimes da história brasileira. Orquestrado pelo imperialismo norte-americano, o golpe militar de 31 1964 implementou uma brutal ditadura que duraria décadas no poder. Destruindo os direitos do povo trabalhador, promovendo a tortura e a perseguição política em massa, censurando toda a imprensa e abrindo as portas para o que seria uma intensa política de entrega de toda economia nacional, os militares foram responsáveis por destruir o País a mando do imperialismo.

Relembrando este triste episódio, páginas na internet estão divulgando memórias de militantes, artistas, trabalhadores, que foram torturados e perseguidos durante a ditadura militar. Um deles é o relato do músico Geraldo Azevedo, que, em uma entrevista ao então programa de Jô Soares, realizada em 2019, contou detalhes de como foi sua prisão, ocorrida em 1975, durante o Governo Geisel.
O cantor ficou preso por mais de 40 dias na primeira vez, e posteriormente foi preso mais duas vezes, sofrendo intensa violência. Geraldo conta que foi sequestrado por homens da ditadura, que realizaram a operação logo após um passeio que o músico fazia com a filha no Rio de Janeiro.

“Eu tenho traumas físicos causados pela tortura até hoje”, comentou o músico.

Além disso, Geraldo Azevedo destaca que foi “testemunha auditiva do assassinato de Armando Fructuoso (líder sindical), morto após dias de tortura.

Fui preso, nunca fui processado, fui confundido com outra pessoa. Tomei muito choque durante muitos dias seguidos. Tinha muitos momentos de humilhação. Durante o período que eu estava lá, eles descobriram que havia uma música minha na novela Gabriela. No horário da novela, os torturados colocavam a música e me torturam para me obrigar a dançar e cantar na frente dos torturadores…
São coisas que o Brasil não conta. É uma memória que o Brasil não tem. Durante muitos anos eu fiquei com muita vergonha da humilhação que eu tinha passado.

Os relatos descritos por Geraldo Azevedo não são um caso isolado, mas sim uma política oficial da ditadura militar. Seja militante, trabalhador comum, artista ou sindicalista, todos aqueles que fossem considerados qualquer tipo de “inimigo” do regime militar eram perseguidos e torturados.

Para denunciar este fato, o Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta realizaram uma manifestação nacional em frente ao quartel das Forças Armadas em São Paulo. Em um protesto que serviu para denunciar a tutela militar sobre o regime político, os manifestantes lançaram palavras de ordem como “pelo fim da tutela militar” e “o petróleo é nosso”, contra a política de sabotagem à economia nacional.

A manifestação foi de suma importância para marcar a posição em torno deste problema. Em geral, a esquerda nacional mais uma vez ficou paralisada diante da data, um problema grave dado ao fato que a política de sabotagem e golpe organizada pela cúpula das Forçar Armadas cresce rapidamente contra o governo eleito pelos trabalhadores, o governo Lula.

É preciso fazer desta data um momento de denúncia e mobilização contra o regime militar do passado e a cúpula militar do presente.

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