No último sábado (7), um terremoto de magnitude 6,3 atingiu a região de Herat, no oeste do Afeganistão, de acordo com informações do governo talibã. O terremoto abalou regiões 30 quilômetros a noroeste de Herat, seguido por mais oito tremores secundários.
Zabihullah Mujahid, porta-voz do governo talibã, escreveu “2.053 mártires morreram em 13 localidades. 1.240 pessoas ficaram feridas. 1.320 casas foram completamente destruídas”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que ainda deve aumentar o número de vítimas, conforme as buscas continuarem.
“Tudo virou areia”, disse um dos sobreviventes do terremoto. “Voltamos para casa e vimos que não havia mais nada”, continuou. Em Herat, os moradores e comerciantes saíram às ruas apavorados ao sentirem a terra tremer.
Esse tipo de desastre é comum no país, especialmente na cordilheira Hindu Kush, próximo da junção das placas tectônicas da Eurásia e da Índia. Em junho de 2022, outro terremoto de magnitude 5,9 matou mais de 1.000 pessoas e deixou dezenas de milhares desalojados em Paktika. Em março do ano passado, outro terremoto de 6,5 matou 13 pessoas no Afeganistão e no Paquistão.
Na imprensa, podemos ver tentativas de colocar o país como situação de crise humanitária por conta da volta dos talibãs:
“O Afeganistão já se encontra mergulhado numa grave crise humanitária, na sequência do regresso ao poder dos talibãs em 2021 e da consequente retirada da ajuda internacional”, escreveu o jornal golpista O Globo.
Trata-se de um problema típico de país pobre e oprimido, que se resolve com investimento. O Afeganistão é país extremamente boicotado internacionalmente, pela sua posição anti- imperialista. Vários órgãos estrangeiros estão acompanhando a situação, como a OMS. Os primeiros levantamentos foram feitos, inclusive, pelos Estados Unidos.
É um tanto curioso o fato de que organizações do imperialismo acompanhem tão de perto a situação no Afeganistão, em meio à ofensiva do Hamas contra Israel. Os talibãs inclusive se prontificaram a ajudar na empreitada com os palestinos e “conquistar Jerusalem”, conforme suas próprias palavras.
Quem garante que não há uma operação artificial montada para prejudicar os afegãos? Os Estados Unidos já desenvolveram projetos como o HAARP (Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência), capaz de mover placas tectônicas e manipular o meio ambiente. Se já existem tecnologias desse nível, não podemos duvidar de mais nada.
E, de fato, é tudo questionável, pois os países desenvolvidos, que possuem muito mais condições de lidar com esse tipo de crise, não resolvem o problema e nem parecem dispostos a colaborar de alguma forma com os afegãos. Isso fica evidente quando, na primeira oportunidade, a própria imprensa ataca o seu povo, em meio a tamanha crise.
Enquanto o imperialismo subjugar esses povos, não há nenhuma expectativa que esse tipo de catástrofe natural seja solucionada. É importante dar atenção ao caso afegão e, mais do que qualquer coisa, defender seu povo, que é oprimido diariamente pelo imperialismo e tem culpa no cartório quando acontece um desastre desse tipo.
