Centenas de professores compareceram mais uma vez à Praça da República, em frente à Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) para protestar contra o processo de atribuição de aulas realizado em dezembro passado que deixou milhares de professores sem aulas (desempregados) ou em condições de vinculou totalmente precários.

Dentre os inúmeros ataques a burocracia da SEDUC e o governo Dória/Rodrigo impuseram a escolha das aulas, em primeiro lugar, para os docentes com maior “opção” de jornada de trabalho (maiores jornadas), antes dos professores comais tempo de serviço e – muitas vezes – melhor formação; seguindo a politica de procurar dividir a categoria.
Perseguindo os professores categoria O, a burocracia da SEDUC não garantiu acesso à lista completa de classificação por Diretoria de Ensino e foram milhares de casos com pontuação errada.
Milhares de professores habilitados também foram prejudicados porque foram inscritos indevidamente pelas escolas e/ou Diretorias de ensino como qualificados, ficando para terem aulas atribuídas após os habilitados. Além disso, muitos outros da categoria O, que iniciaram em 2018 e 2019 (que tiveram seus contratos prorrogados pela Lei Complementar 1381/2022), foram prejudicados, recebendo uma pontuação menor, pelos erros na migração dos seus dados. E os professores desligados do PEI não foram incluídos na classificação geral.
Os professores, que já haviam realizado um primeiro protesto no dia 4, voltaram à sede da Seduc ontem, bradaram gritos pelo cancelamento da atribuição e reivindicaram que o Secretário recebesse o Sindicato para negociar o atendimento das reivindicações da categoria.
A corrente Educadores em Luta (PCO e simpatizantes) presente, distribui mais de 500 boletins entre os participantes, funcionários da SEDUC e transeuntes)
Representantes da SEDUC solicitaram um prazo de cinco dias para a secretária analisar os dados e ficou de dar uma resposta sobre o pedido de cancelamento da atribuição. A direção do sindicato prometeu ficar alerta neste período e ficou estabelecido que – diante do não atendimento – uma assembleia da categoria poderá ser convocada nas próximas semanas. O que deve ser feito para unir a categoria em torno dessas e demais reivindicações do professorado, diante dos ataques do antigo e do novo governo.
Ao contrário do que procura fazer crer a burocracia da SEDUC e seus chefes politicos, não se trata de “falhas” ocasionais mas de uma política consciente de ataques ao professorado e ao ensino público nos quase 30 anos de governos tucanos que o governo do bolsonarista Tarcísio quer manter.
O caminho para derrotar os ataques da direita é a mobilização nas ruas da categoria.
Leia abaixo parte do Boletim Educadores em Luta distribuído na assembleia.
